22° Capítulo

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"Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez." Shakespeare, William.

"Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer." Gandhi.

-PAI? -digo o mais surpresa possível. -Como? Quando? -minha cabeça estava cheia de perguntas.

-Filha, é tão bom te ver! -diz me abraçando fortemente. -Vamos, você precisa explicar algumas coisas.

-É bom ver o senhor também, mas eu não posso ir agora. Eu... - o que eu deveria dizer?

-Você vai sim! Vamos para o hotel... -fala me puxando pelo braço, como se eu fosse uma criança.

Tiro suas mãos do meu braço. Ele me olha incrédulo por eu estar o confrontando pela primeira vez na vida.

-Eu vou ficar aqui até resolver o que eu preciso resolver. -olho de soslaio para a porta onde os dois estão. Como será que eles estão se saindo?

-Por que você está olhando para...  Ah, entendi! É onde aqueles criminosos estão! Eu nunca pensei que minha filha fosse se juntar com traficantes...

-Eles são inocentes!

-Isso é o que vamos ver! -fala caminhando até a porta. Corro até ele, mas uma conhecida voz nos atrapalha.

-Encontrou ela? -a voz perguntou, abrindo a porta e entrando no corredor.

-MEREDITH?

-Ela me ajudou a achar você. -esclarece meu pai, como se isso fosse a coisa mais normal do mundo.

Alguém abre a porta e nos puxa para dentro. MERDA. Vejo os irmãos amarrados na cadeira. Estão com suas roupas, o que significa que ainda estão com as escutas.

Um capanga me segura junto com Meredith pelo braço e outro segura meu pai.

-Ora. Ora. A sua namoradinha veio participar com a gente! -Diz Alonzo, me jogando no sofá.

- NÃO TOQUE NELA! -grita meu pai e Nathan em uníssono.

Um capanga leva meu pai para outro cômodo e Nathan recebe um tapa no rosto de Alonzo.

-Mas que surpresa! Uma reunião de família! -fala olhando para Meredith.

-Do que voce está falando? -pergunta ela, assustada e em prantos.

-Ah, eu me esqueci! Vamos deixar para Ambrogino contar quando ele chegar. Levem ela daqui também! -diz para o capanga. Este a leva para outro quarto, provavelmente o mesmo onde meu pai está. - Não machuquem eles. Vamos esperar chefinho chegar.

-Então, vocês três acham mesmo que podem esgragar meu plano? -Ri sarcástico.

Ambrogino entra silenciosamente no apartamento. Olha surpreso para mim, depois para os irmãos e finalmente para Alonzo.

-Eu ainda estou decidindo quem eu vou torturar primeiro. Acho que vou com você. -aponta para mim- Ou talvez eu deva esperar Ambrogino chegar para matar a filha dele em sua frente. De qualquer modo, todos vão sofrer então eu serei o chefe.

Dou uma leve risada olhando a cena, Alonzo está contando seu plano secreto para quem não poderia saber sobre o plano.

Idiota.

-Basta! Acha mesmo que vai roubar meu posto, amico*? -Diz o chefe da mafia.

Antes que Alonzo pudesse se explicar, Ambrogino lhe acerta um soco que oo faz cair desarcordado.

- Já vai tarde.-olha para seu falso capanga e depois para nós- E vocês dois? O que querem aqui?

Um capanga volta do quarto com Meredith. Ambrogino a olha de cima a baixo, como se estivesse a reconhecendo depois de muitos anos. Analisando cada mínimo detalhe, igual a reparadores, olhando cada milímetro para ver se está tudo em seu devido lugar.

-Quero saber... Aquele... -olha para Alonzo no chão- Ele disse que...  ia explicar... -sei o quanto ela está se  esforçando para falar entre os soluços.

- Da quanto tempo non ci vediamo**...

Meredith o olha desconfiada, quando Ambrogino ia falar novamente, Alonzo se levanta e aponta uma arma para Meredith.

A tensão se instala na cômodo.  Ambrogino se coloca na frente de Meredith e Nathan aproveita que todos estão concentrados em Alonzo para se soltar e ajudar seu irmão a fazer o mesmo.

-Agora é a hora! Finalmente! Eu esperei muito tempo sendo seu capacho. Agora eu vou ser o chefe. -Alonzo fala com uma voz maligna.

-Deixe que ela saía! Questo è tra me e te.*** -Fala Ambrogino, ainda na frente de Meredith.

-NINGUÉM SE MECHE! -Gritou meu pai. Ele apontava sua arma para Alonzo, que apontava a sua para Ambrogino. Alguns capangas também sacaram suas armas, um deles apontava para os irmãos, outro para meu pai e o último tinha como mira Alonzo.

Meu estômago começou a se revirar. Era uma verdadeira guerra. Se um atirasse, o outro também atiraria e acabaríamos todos mortos.

Um tiro. Depois outro e então o último. Três balas. Quatro pessoas no chão.
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*Amigo.
**Há quanto tempo que não nos vemos.
***Isto é entre você e eu.

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