16° Capítulo

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Quando tudo parece dar errado é preciso manter a fé. Ter fé que tudo vai dar certo, ter fé que as coisas vão melhorar, mas principalmente, ter fé em si mesmo.

Ter fé. "Ter fé implica uma atitude contrária à dúvida e está intimamente ligada à confiança. Em algumas situações, como problemas emocionais ou físicos, ter fé significa ter esperança de algo vai mudar de forma positiva, para melhor."

Ficamos ali, dentro daquela sala, por vários dias, abriam a porta apenas para nos dar "comida". Depois daquele dia, Ambrogino não foi mais nos ver.

--Grace, você vai sair daqui da próxima vez Alonzo abrir a porta para colocar a comida. Eu seguro ele enquanto Nathan te da cobertura do lado de fora. --Explicou Petros, estávamos planejando há uma semana.

--Quando nós passarmos por ele, deve haver mais dois ou três seguranças, então enquanto eu chamo a atenção deles você corre para fora, o carro de Alonzo deve estar lá.

--Nathan, não posso arriscar a vida de vocês dois. Simplesmente não posso fazer isso, ele vai matar você, vocês dois.

--Grace, você precisa fazer isso, nós vamos ficar bem, Alonzo não vai nos matar sem a autorização de Ambrogino. --Quando Petros diz 'matar' meu coração começa a bater mais rápido.

Me encolho um pouco enquanto Nathan e Petros continuam a falar sobre o plano de fuga. Eu acho que não vou conseguir fazer isso, eu não posso arriscar a vida deles para salvar a minha.

"Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer."

Essa frase de Gandhi me veio na cabeça nessa hora, e com ela em mente, comecei a pensar positivo. Vai dar certo, vou conseguir, vai dar certo!

Depois de passar todo o plano, ficamos tomos em seus postos: Petros ao lado da porta, Nathan do outro e eu atrás. Meu coração estava batendo muito rápido, 'Vai dar certo, vocês vão conseguir' dizia para mim mesma.

Alonzo girou a chave na fechadura e abriu a porta, então tudo começou a ir em câmera lenta, Petros agarrando Alonzo e os dois rolando pelo chão, Nathan e eu correndo até o portão, dois homens o agarraram enquanto eu abro o portão e saio. Tudo em câmera lenta.

Então escuto um tiro, depois outro.

Meu coração para de bater por um instante. Se for Nathan? Se for Petros? Então o portão se abre e Nathan sai com uma arma na mão.

--Eu os matei. --ele quase sussurra, está assustado de mais com o que acabou de fazer-- Grace, sou um assassino.

E ele cai no chão de joelhos, praticamente desaba.

--Nathan, não foi culpa sua, foi em legítima defesa, se você não tivesse feito isso, eles teriam feito com você. --tento acalma-lo, mas ele está em um estado quase que de transe.

Então Petros sai também. Ele está arfando. Passa a mão pela careca e se senta ao lando do irmão.

--Consegui prender Alonzo naquela sala, não por muito tempo. Nathan o que houve?

Ele não consegue responder.

--Ele matou aqueles dois caras.

--Nathan! --Petros o abraça-- Tudo bem cara! Vai ficar tudo bem.

Após alguns segundos, Nathan levanta, a primeira coisas que passa em minha mente é que ele está tentando ser forte.

--Temos que sair daqui.--digo, perto do carro de Alonzo, o mesmo que me colocaram quando fui pega.

--Aqui as chaves --Diz Petros jogando uma chave em minha direção-- Alonzo tem o péssimo hábito de levar o que importa sempre com ele.

Entramos no carro, me ofereço para dirigir, porque Nathan ainda não está 100% recuperado.

Então finalmente estamos livres. Livres daquele lugar horroroso. A primeira coisa que quero fazer é comer.

--Vou parar no primeiro posto e comprar comida.

A carteira de Alonzo está no porta-luvas.

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