17° Capítulo

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Às vezes na vida, é preciso fazer escolhas. Escolher entre o que você precisa e o que você quer, entre o que é certo e o que é fácil.

Mas, vez ou outra, ela nos surpreende. Como? Invertendo nossos papéis, sendo escolhidos e não "escolhedores". 

E quando isso acontece, é natural que fiquemos tristes, zangados, desmotivamos, etc, etc, etc. É preciso se manter firme, aguente firme!

Dirigi até encontrarmos um posto Godley, há uma hora de Chicago, comprei vários lanches para nós três e os levei até o carro, que havia estacionado alguns metros depois para disfarçar.

--Grace, você é um anjo! --disse Petros, dando mais uma mordida em seu sanduíche.

--Nathan, você está se sentindo melhor?

--Sim. --Nathan só tinha dado uma mordiscada em seu sanduíche. Era visível que não estava nada bem.

Olhei para ele, todo aquele jeito protetor e corajoso tinha desaparecido.

--Nathan? O que vamos fazer? Ainda precisamos provar a inocência de Petros. --tentei desviar o assunto, apenas piorei.

--Eu estou pensando nisso.--responde rapidamente.

--Precisamos achar o carro, todos os equipamen...--comecei a falar, mas ele me interrompeu.

--O que vou fazer é bem mais perigoso. Vou fazer com que Ambrogino seja preso, porque se ele confessar a pena é diminuída. Ele não é burro, mas também não é fácil de ser preso.

--Espera um pouco, como assim vou fazer? Você vai me abandonar novamente? Igual fez quando estávamos na casa de Philipe. Quantas vezes vou ter que dizer que eu não vou embora, não vou desistir! Estou tão envolvida nisso tanto quanto você.

--É por isso que eu tenho medo, Grace, tenho medo por você estar envolvida de mais nisso. É perigoso, e se algo acontecer nunca vou me perdo...

--Nathan, nada vai acontecer comigo, nem com Petros nem com você. -me aproximei dele e passei minha mão sobre seu rosto. -- Você precisa fazer a barba.

--Eu sei. --ele disse e me beijou.--Precisamos colocar meu plano em ação.

Então entramos no carro, mas dessa vez, Nathan que dirigiu. 

Enquanto dirigia, Nathan nos explicou seu plano para pegar Ambrogino.

--Nathan, não posso simplesmente entregar vocês assim, se os policiais não acreditaram da primeira vez, por que acreditariam agora? --perguntei.

--Porque temos isto aqui. --bateu os dedos no volante e sorriu como se um carro fosse fazer os policiais acreditarem.

--Grace, essa é sua bolsa? --perguntou Petros segurando minha bolsa.

--SIM! Obrigada Petros, mas ond...--olhei em minha bolsa e nada havia sumido, carteira, celular, chaves. Tento ligar meu celular mas é óbvio que ele está sem bateria. --Merda.

--O que foi? Falta alguma coisa?--perguntou Nathan.

--Não, meu celular está sem bateria.

Depois disso ficamos em silêncio até Nathan ligar o rádio do carro. Tocava uma música que não conhecia, mas Nathan sim.

--Eu adoro essa música! --disse e começou a cantar junto. E até que não era tão ruim até chegar em uma parte que ele desafinou completamente. Petros não se conteve e começou a gargalhar, também não me segurei e comecei a rir.-- Vou me lembrar disso! --e em seguida riu. E por esses mágicos instantes, percebi que eu não tinha escolhido ele, nem ele me escolhido. Fomos escolhidos, fomos escolhidos para ficarmos juntos.

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