7° Capítulo

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A maior parte das nossas vidas, nós passamos aprendendo, seja lá o que for. Aprendendo matemática, história, literatura... O que é certo e o que é errado, o que devemos fazer, etc, etc e etc.

A maioria das pessoas que conhecemos na vida, dirá que o mais importante é você ser bem sucedido, ganhar bastante dinheiro.

Mas vai ter aquela minoria, que tenho orgulho em dizer que faço parte dela, que vai dizer que isso é irrelevante. Se você vai ser bem sucedido ou não. É irrelevante. O que é realmente importante é o que você quer e o que vai fazer para conseguir.

--Grace, me deixe entrar.

--Não Nathan. Preciso que pegue minha bolsa.

Ouço seus paços indo e depois de alguns minutos voltando. Ele bate na porta.

Destranco e ele passa a minha bolsa, tranco-a novamente e escovo os dentes. Não gosto de ficar com esse gosto azedo na boca, ninguém gosta.

--Grace, posso entrar agora?

Suspiro. Sei que se eu não abrir a porta ele vai continuar lá fora. Tudo bem, destranco a porta. A primeira coisa que senti foram seus braços quentes me envolvendo.

--Eu te disse. --ele passa seus dedos sobre meu rosto-- Grace, desculpe por te envolver nisso. Eu...

--Nathan, está tudo bem.

O que está acontecendo comigo? Eu estou louca para beija-lo. Eu não estou entendendo, com meus ex-namorados, nunca senti a necessidade de beijar como sinto agora. E ele nem é meu namorado, é um estranho.

--Nathan, pode me beijar agora.

--Obrigado.

Nossas bocas pareciam ter sido fabricadas juntas, parecia surreal. Beijei como se fosse a última vez que o faria. Parecia que estava no paraíso. Eu sei que é loucura beijar um estranho, mas quer saber? Não estou nem aí. Só o que eu quero agora é estar aqui. É clichê? É, mas eu daria tudo para que o tempo parasse agora.

--Grace, eu estava esperando isso desde que te vi.

--Isso é loucura. Uma tremenda loucura.

--É isso que faz a coisa se tornar emocionante.

--Nathan, temos que ir. Já devemos estar chegando.

--Grace, quando tudo isso acabar, e eu provar a inocência do meu irmão...

--Eu adoraria ir jantar com você.

Então saímos do banheiro, nos sentamos. Ainda faltava alguns minutos para chegarmos em Millstadt.

--Nathan.

--O que?

--Nada. Bobagem.

--Ah, não faça isso.

--Eu só estava pensando, o que vai fazer de verdade quando tudo isso acabar?

--Eu vou casar com você.

--Será que você pode falar sério?

--Eu vou começar a trabalhar, o Pe também, vamos começar nossa vida do zero. Outra vez. Ah, e depois eu vou me casar com você.

--Você nem sabe se eu tenho namorado.

--Sei, você namora comigo.

--Vou ignorar você.

--Não conseguiria se tentasse.

Então o trem vai diminuindo a velocidade, Petros se vira e diz:

--Chegamos pombinhos. Ainda temos muitas coisas para fazer.

Nos levantamos, pegamos nossas malas e assim que o trem finalmente parou, desembarcamos. E foi assim que a nossa jornada começou. Nós iriamos correm muito ainda, passar por coisas que nunca imaginamos, boas e ruins. Mas o que importava é que estávamos juntos.

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