13° Capítulo

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O que tenho em mente? Eu me lembro de ter feito essa mesma pergunta dois meses atrás, acho que estava pensando no papai. Engraçado como em apenas dois meses, nossos pensamentos podem mudar drasticamente.

As coisas mudam, as pessoas mudam. Tudo muda, até você muda. Isso não é algo ruim, pelo contrário, é muito bom.

"Deixe seu sorriso mudar o mundo, mas não deixe o mundo mudar seu sorriso."

Depois que "libertei" os irmãos, ainda tínhamos algum tempo antes que a polícia notasse que alguma coisa estava errada, então resolvemos parar em um hotel na saída de Champaign.

--Grace, não é uma boa ideia, nossos rostos são conhecidos em todo o país. --disse Petros.

--E quem disse que eles precisam ver seus rostos? --Nathan responde.

--Okay, mas e como vocês vão entrar no hotel? --pergunto.

--O plano é o seguinte, Grace, você entra normalmente como uma hospede, depois nós entramos como funcionários...

--Okay, certo.

O plano estava sendo executado com sucesso, minha parte estava feita, faltavam os dois.

--Grace, rápido! --chama Petros.

--Calma! Por que a pressa?

--Eles estão aqui! --diz Nathan exaltado.

--Eles quer dizer os policias ou mafiosos?

--Segunda opção. --responde Petros. 

--Bem, eu vi o Alonzo, e isso quer dizer que Ambrogino deve estar aqui também.

--Certo, calma. O que isso quer dizer? --pergunto.

--Quer dizer que um dos mafiosos mais procurados dos Estados Unidos está aqui, ele foi o cara que fez Petros ser preso. --explica Nathan.

--Eu sei, o que nós vamos fazer? --pergunto.

--Você, nada. Grace, você já se arriscou muito por nossa causa, não vamos deixar que você...

--Olha aqui, Nathan. Eu vim até aqui, fiz muitas coisas por vocês, e não vou ficar de lado só porque você quer bancar o herói. Então eu vou fazer alguma coisa pra ajudar a prender esse cara, seja ele quem for, porque eu me importo com vocês dois. Eu já fui deixada para trás uma vez, e eu não vou aceitar que você faça isso de novo.

Nathan estava com uma expressão de que não iria aceitar isso, mas depois ele sorrio.

--Tudo bem, senhorita Walker, você me deixou sem escolha. Pode servir ao nosso pequeno exército.

--Obrigada, chefe.

--Precisamos chegar até nosso carro, porque todas as escutas estão nele.

--Okay, e onde ele está?

--Em Savoy.

--Como? --perguntei incrédula.

--Nós deixamos o carro lá porque precisávamos de gasolina. E foi aí que fomos pegos. --diz Petros escorado na porta da cozinha.

--Precisamos chegar lá antes que Ambrogino e Perez vão embora. --fala Nathan pegando as chaves do meu carro.

--Não, não. Você vai ficar aqui, e se te pegarem de novo? Eu vou e vocês os vigiam.

--Grace, você vai com seu carro, e quem vai trazer o meu carro?

--Não tinha pensado nisso.

--Temos que pensar rápido, porque eles não vão esperar para sempre.
O destino nos deu uma grande ajuda e também um grande problema. Precisávamos pensar rápido, aproveitar a chance, porque não é sempre que o destino nos dá uma oportunidade como essa.

--Nathan! Eles vieram por nossa causa! Eles viram no noticiário sobre a nossa transferência e vieram assistir de camarote! Como pude ser tão idiota? --exclama Petros.

--Petros tem razão! Quando descobrirem que a transferência não aconteceu, eles irão atrás de nós. --diz Nathan passando a mão pela cabeça. --Por isso temos que pegar o carro o quanto antes.

Estávamos discutindo o que fazer quando ouvimos alguém bater na porta do quarto.

--Eu vou ver. --disse.

Quando olhei no olho mágico da porta, vi um homem pálido e com o cabelo grisalho. Olhei para os dois e estavam sussurrando "Quem é?" e eu respondi sussurrando também "Uma senhor grisalho..." , então Nathan me puxou para longe da porta.

--É ele. --disse Nathan.

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