Capítulo 15 - O depoimento de Maicon

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Maicon entrou e recebeu uma breve análise sobre seu físico. Parecia forte demais por causa de seus quilinhos a mais embaixo das roupas largas.

— Sente-se. Qual seu nome?

— Maicon Aparecido da Cunha — disse, fitando as anotações do detetive com seus grandes olhos verdes.

William perguntou a ele a mesma coisa que tinha perguntado aos outros: "Em qual sala você estava?"

Ele apontou com o dedo a sua localização no desenho que William rascunhava.

— Muito bem. Conte-me o que poderia ajudar nesta investigação, rapaz.

— Eu não sei exatamente no que eu poderia ajudar em relação ao assassinato de Juliet, senhor. — Maicon coçou a testa, e depois a franziu. — Só o que posso dizer é que nós estávamos na casa de Juliet, iríamos dormir lá, acredito que o senhor esteja cansado de ouvir isso. Daí Juliet leu um e-mail... Era o jogo. Achamos legal. Ela não sabia quem havia mandado. — Fez uma pausa e projetou os olhos para cima, como se quisesse se lembrar de algo importante. — Depois percebemos o incômodo de Juliet quando fomos beber e fumar...

William mordeu a ponta do polegar direito.

Falei merda?

— Fumar narguilé, senhor — disse o rapaz, tentando se consertar.

— Aham, prossiga.

— Aí a gente pegou as bebidas e saiu da mansão para ir para a faculdade. A gente percebeu que Juliet nunca tinha saído sem que seu tio soubesse, mas, como ela não desistiu da ideia, a gente foi para lá para beber e jogar.

— Consegue me dizer se alguém da mansão os seguiu?

Maicon passou a mão pelos cabelos castanho-claros.

— Não — disse ele. — Pelo menos não notei.

— E percebeu alguma movimentação estranha na faculdade? Ou também não notou nada?

Pode me chamar de inútil, supremo detetive.

Maicon o fitou, sério, e torcendo a boca para o lado.

— Nada. — Foi curto e sincero, e William havia notado.

— Ok. Está liberado.



O Cúmplice e o Assassino (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora