Capítulo 33 - Revelações de Valéria

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As suspeitas em cima de Douglas estavam mais latentes, e a aparição dessa nova figura deixaria qualquer um intrigado.

William não estava tendo êxito na procura de seu suspeito em potencial, e cogitou que seria mais fácil encontrar Douglas através desse cara. Talvez, se sua atenção fosse transferida de Douglas para o seu suposto cúmplice, chegaria a uma resposta de onde poderiam estar.

O detetive assistiu aos três vídeos diversas vezes e, em alguns momentos, fez pausas para ver se conseguia de algum modo enxergar mais que uma barba escura e um nariz adunco, mas a resolução não ajudava muito. Na verdade, não ajudava em nada. Mesmo assim, ele tinha a gostosa sensação de estar perto de agarrar seu objetivo.

Algo no instinto de detetive de William dizia que, se identificasse aquele homem, ele conseguiria capturar Douglas. Neste momento, uma sinapse lhe que ocorreu de modo automático: talvez o jogo, O Cúmplice e o Assassino, estivesse sendo jogado até aquele momento, mas no mundo real. Assim, sua visão sobre a brincadeira mudou de significado rapidamente.

Os novos acontecimentos o fizeram criar novas teorias, era inevitável se desprender de algumas pistas sólidas e reformular tudo.

Uma de suas teorias anteriores se reacendeu. Douglas era o suspeito de ter assassinado Juliet e o tio dela, mas talvez não tivesse feito isso sozinho. William já chegara a pensar em uma dupla. Por que não pôr essa hipótese na jogada de novo?

— Mas em qual momento esse cara poderia ter agido? — sussurrou ele em sua sala, incomodado. — Só consigo imaginar esse sujeito ajudando Douglas na faculdade, afinal, ninguém mencionou que algum estranho tivesse entrado na mansão e matado o velho. Provavelmente, se ele realmente estiver agindo em parceria com Douglas, pode ter sido ele próprio quem assassinou Juliet na noite do jogo!

William percebeu o quanto estava se perdendo em suas teorias e decidiu não tomar atitudes precipitadas de novo. Precisava saber mais sobre a nova figura. Porém, não conseguiria isso sem ajuda.

Antes de seu expediente terminar, ele entrou em contato com a Secretaria de Segurança do Estado e explicou que necessitava identificar um suspeito que aparecia naqueles mesmos vídeos que haviam sido fornecidos a ele.

William chegou a perder a paciência em alguns momentos, por causa da burocracia, mas precisava muito daquilo para conseguir destrinchar mais ainda o caso.

Obviamente ele já sabia de toda a parte chata que travava o processo, mas estava impaciente naquele fim de tarde, esperando que aquilo o levasse a uma solução, em vez de complicar mais ainda a investigação.

Cogitou entrar em contato com o grupo de amigos que estavam envolvidos no caso para saber se eles conheciam o novo homem misterioso, mas por alguma razão optou por deixar essa informação longe do conhecimento deles. Algum "linguarudo" poderia dar com a língua nos dentes e isso poderia se espalhar. A mídia o atacaria de volta e o pressionaria em busca de uma resposta mais rápida do que poderia dar ao público. Isso com certeza poderia ser uma nuvem-negra nos próximos passos das investigações. Decidiu aguardar a identificação do suposto cúmplice para então depois definir o que fazer.

**********

No dia seguinte, William recebeu uma notificação: haviam descoberto a identidade do "parceiro" de Douglas. A polícia não teve muito trabalho, mesmo com a baixa qualidade, as imagens estavam melhores que as de muitas filmagens que estavam acostumados a analisar.

William ficou excitado e curioso.

Com o sangue pulsando em suas veias, leu nome do suspeito: Vinícius Moreno de Souza.

O Cúmplice e o Assassino (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora