How to know

Capítulo 37

POV Kate

Eu devo ser a rapariga mais sortuda do Mundo. Tenho verdadeiros amigos, um namorado que diz que quer vir comigo para França só para não me deixar, uma possível carreira pela frente em algo que sempre sonhei ser!

Quem pediria mais?

Mas ao mesmo tempo continuava com um certo receio. Era medo de que as coisas não fossem bem como Harry dizia, medo de que ele se sentisse como se estivesse a ser "arrastado" por mim, medo que abdicasse de tudo o que tem aqui.

Harry- O que tens, meu amor?- pergunta olhando para a aminha expressão séria e pensativa.

- Harry... E... Se nós não resultarmos? Se não for tudo como nós esperamos que seja? Imagina que nós nos damos mal como casal, depois já não vamos querer estar juntos e eu...- respirei fundo.

Harry- E tu...?

- Eu não te quero perder! Foste das melhores coisas que me aconteceram na vida!- digo abraçando- o com força.

Harry- Nunca me irás perder, princesa! Eu não deixarei que nada neste Mundo ou no próximo nos separe! Vai tudo correr bem.- diz beijando a minha testa e correspondendo ao meu abraço.

(...)

3 meses mais tarde

É já amanhã. Amanhã partimos para França. Nem posso acreditar que foi à três meses que eu aceitei a grande oportunidade oferecida por uma das mais conceituadas Academias de Dança a nível mundial!

Nessa altura falamos com Anne, que nos apoiou apesar de ter ficado ligeiramente triste ao perceber o quanto o seu filho estava a crescer. Mas principalmente ficou feliz por saber que vamos fazer uma vida a dois, que vamos viver novas experiências num país diferente.

Os nossos amigos também ficaram surpreendidos por Harry. Quem diria que aquele rapaz com fama de player e sem sentimentos mudasse ao ponto de ir viver para um sítio diferente, longe da família e amigos!

Acabamos de sair do nosso último almoço juntos durante os próximos tempos. Escusado será dizer que fiquei super emocionada com todo o carinho que me demonstraram.

Harry- Queres fazer o quê, agora?- pergunta caminhando a meu lado com o braço por cima dos meus ombros.

- Bem... Eu ainda não me despedi de toda a gente, ainda há alguém de quem eu me quero despedir direito.- digo calmamente.

Harry- Quem? Só se for da escola!- siz dando uma risada logo a seguir.

- Não, seu parvo!- dou- lhe um pequeno murro na barriga- Vamos... Ao cemitério.- digo séria.

Harry- Ohhh! Desculpa amor, eu não tinha percebido. Fui mesmo um parvo!- diz mostrando- se arrependido.

- Não há problema... Vamos?

Harry- Claro.

Apanhamos o autocarro que se dirigia para onde nós queriamos ir. Durante o curto caminho eu olhava pela janela. Via aquele dia cinzento, típico da zona, formando algumas nuvens mais escuras, e algumas folhas num tom alaranjado voavam livremente.

Quando dei por mim já lá tínhamos chegado. Saimos do autocarro e eu parei, por momentos, em frente ao portão do local. Olhei várias vezes para todas as campas e após ter respirado fundo, entrei de mão dada com o meu namorado.

Algumas pessoas também se encontravam no mesmo sítio, provavelmente a "visitar" um parente ou alguém importante nas suas vidas, falando para as campas ou arranjando o aglomerado de flores que tinha em cima das mesmas.

Cheguei às campas do meus pais. Há bastante tempo que já cá não vinha, mas é preciso ter muita coragem para o fazer.

Senti- me enfraquecer. Larguei a mão de Harry e aproximei- me um pouco mais.

- Eu...- começo a falar, mesmo sabendo que não seria possível obter resposta- Nem sei como começar... Talvez um... Olá mãe, olá pai.- digo rindo pelo nariz. Não que a situação fosse engraçada, porque não era, de todo! Nervos, isso sim apoderava- se de mim- Eu tenho tanta coisa para dizer! Mas como sei que vou estar aqui a dizer disparates, vou apenas pedir desculpa por não ter vindo mais cedo. Eu não aguento pensar que vou falar para vocês e não vou obter resposta. A vida é muito injusta e se eu pudesse faria tudo para vos trazer de volta! O problema é que não posso. Eu agora vou passar uns tempos em França...- faço uma pausa, fungando devido às lágrimas que se formavam nos meus olhos.- Vou viver o meu sonho de me tornar bailarina, e sabem uma coisa?- sorrio ligeiramente- Tenho um namorado que me ama tanto que vem comigo, mesmo sabendo que vai estar longe de todos aqueles que lhe são queridos! Dá para acreditar?- pergunto retoricamente.- Bem, eu ainda vou ter com a avó. Espero que vocês continuem juntos numa outra vida, não sei... Quero que estejam bem!- digo pausadamente.- Prometo que quando voltar venho visitar- vos.- baixo- me e toco com as mãos na terra.- Eu amo- vos!- digo e deixo cair uma lágrima.

Recomponho- me lentamente e chego- me a Harry que tinha os olhos ligeiramente vermelhos.

Harry- O que disseste foi lindo. Eles devem estar muito orgulhosos de ti lá em cima.- diz com a voz mais rouca do que o normal.

Ele emocionou- se!

Fomos um pouco mais à frente, e aí estava a minha avó.

- Olá avó!- digo, fazendo uma breve pausa- Sabes, já estive com os pais agora mesmo.- digo voltando a ficar com lágrimas formadas nos olhos.- Contei as novidades: eu e o Harry começamos a namorar, ele aceita- me tal como sou e cada dia que passa eu cada vez fico mais apaixonada por este rapaz.- sinto- o a apertar a minha cintura, dando força para continuar- Recebi uma bolsa de estudos numa academia de dança em França, vou para lá amanhã e ele vem comigo...- tento respirar fundo, mas não consigo conter as lágrimas e deixo- as escorrer livremente pelo meu rosto- Fazes- me tanta falta! A Anne é fantástica, e trata- me muito bem, e fico mjito agradecida por ela me ter acolhido! Mas tu e os pais sempre foram a minha família! Porque é que tinham de partir tão cedo?- o choro cada vez era maior e agora também soluçava- Eu amo- vos tanto! Quem me dera poder ouvir- vos dizer que aprovam a minha relação, a darem- me apoio, a assistirem a cada espetáculo meu. Quem me dera poder abraçar- vos e falar convosco pessoalmente, uma última vez!- sinto uma rajada de vento forte.- Mas eu sei que vocês estão sempre a proteger- me daí de cima.- tento acalmar- me- Quando voltar, eu venho cá. Amo- te avó!- digo sincera.

Tal como antes, Harry permanecia em silêncio, apenas a ouvir- me e tentando- me acalmar com o seu toque.

Voltamos para o autocarro, e quando estavamos a caminho de casa, Harry finalmente conseguiu falar.

Harry- Tu és tão forte, princesa!- diz olhando nos meus olhos, que neste momento deviam estar bastante vermelhos e inchados de tanto chorar- Eu vou estar sempre aqui, eu vou tomar conta de ti todos os dias da minha vida, por eles!

- Obrigada, meu amor!- digo voltando a escapar mais uma lágrima, que o meu namorado se apressou a limpar com os polegares.- Amo- te! Não me deixes!

Harry- Eu nunca deixarei! Também te amo! Muito mesmo!

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Olá

Desculpem a demora mas aqui está o capitulo.

Eu para este não tenho perguntas a fazer vos para voces deixarem nos comentários mas deixem lá ficar a vossa opiniao geral e o que acharam deste capítulo. E já sabem que se tiverem perguntas para alguma personagem também podem deixar ficar.

Beijinhos