Trinta

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Jamie Dornan

Dakota falou comigo e pediu que eu levasse Dulcie pra ficar com meu pai, segundo ela, a mesma queria passar um tempo as sós com a filha. Ela têm razão, desde que começamos a morar juntos Dakota teve que compartilha sua atenção com as duas. Maggie não estava acostumada a dividir a mãe, já que sempre foram elas duas. Lembro do primeiro dia que a vi, animadas no supermercado fazendo compras juntas. Lembro também da maneira como respondi as suas desculpas depois que batemos nossos carrinhos. Naquela época eu vivia zangado pela morte da Amélia, e por criar minha filha sozinho.

Prometi a Dakota que ficaria longe das pistas do assassinato,mas cada vez ficavamos mais distantes de respostas. Como ela ficaria o dia em casa, resolvi ficar no escritório na hora do almoço. Precisava rever uns papeis do caso que estou cuidando, coletar provas pra incriminar um estrupador é mais dificil que pensei. Além da enfermeria está envolvida nas trocas do exame de corpo delito, pedi ao juiz uma intimação pra ter total acesso as câmeras do local do estupro.

- Sr. Dorna, aqui está a ordem do juiz que o senhor pediu.- Minha secretária me entrega os papeis.

- Obrigado, Rose.- Ela sorri e ruboriza. Secretária nova, a minha ex teve que mudar de cidade por conta do marido, e essa toda vez que me ver fica desse jeito.- Rose, ligue para o sr. Darkhr e peça pra vir aqui.

- Sim, senhor.- Vejo os papeis que ela me entregou e tudo está certo. Amanhã mesmo irei no local. Essa acusação está send dificil pelo fato do acusado ser um presidente de uma empresa de linha de perfumes. Pode ser até o presidente, mas se fez algo errado têm que pagar. Sorrio quando vejo a foto da minha amada na minha mesa. Ela estava dormindo, deveria está pensando em mim.

- Jamie, que tal irmos jogar poker depois do trabalho.- Meu colega de trabalho, Juan, sempre me convida pra jogar.

- Talvez.- Respondo, estou dando mais uma olhada nas fotos da Amélia morta no galpão. Lembro quando Dakota viu sem querer, nesse dia acabei dormindo de tanto revisar as fotos em busca de provas ou pistas.

- Sua mulher não deixa?- Levanto meu olhar pra ele. Esse cara precisa de uma mulher.

- Não é isso. Dakota deixa sim, mas tenho que resolver uns asssuntos. Talvez outro dia.

- Ah, cara. Só por quê eu queria detonar o Charlie.- Pensei que esse cara tinha ido embora.

- Charlie? Ele não foi transferido?

- Foi. Mas ele sempre vêm aqui dá um rolé.- Eu não sabia. Tenho ódio desse cara, sempre ficou dando em cima da Dakota, da minha mulher.

- Vamos deixar pra outro dia, vou terminar de ver isso.- Digo, quero ficar sozinho mas Juan não coopera.

- To indo então, a gente se fala depois.- Faço um sinal de positivo. Volto a olhar as fotos, terríveis, não desejo essa morte nem pro Charlie.

Olho de todos os ângulos as fotos, ao redor do corpo e tudo mais, mas nada. Estou cansado de olhar pra elas, eu devia ligar pra Dak mas isso só atrapalharia sua diversão em casa. Ainda é cedo, bem que eu deveria ter aceitado o convite do Juan. Então descido ver as fotos que tiramos em Oregon. Uma mais linda que a outra. Dakota dormindo, cozinhando, brincando com as meninas, dormindo com a Maggie e a Dulcie aos lados. Minha favorita, ela lendo seu livro na sacada do nosso quarto, enquanto lia alisava sua linda barriga vulgar. Só em saber que não iriamos fazer sexo por um bom tempo me deixava impaciente. A melhor coisa do mundo é está dentro dela, sentir seu calor e me apertando ao seu redor. Pensar nisso faz meu amiguinho dispertar.

Dou uma olhada no meu relógio e descido ir embora. Ligo pra Rose e a dispenso, amanhã será um dia nem cansativo pra mim. Pego minhas chaves e tranco a porta, comprimento o segurança quando saio da agência.

Ligo meu carro já animado em chegar em casa e beijar meu anjo em todos os lugares. Sigo a viagem pra casa animado mais ainda, coloco até mesmo uma música pra tocar. Tudo muda em um segundo, quando minha atenção se volta a estrada e um enorme caminha bate de frente comigo. Tento desviar mais é impossível, e acaba sendo bastane impactente. Depois disso não vejo mais nada.

Minha cabeça dói, parece que vai explodir a qualquer momento. A luz do ambiente que estou atingi meus olhos e isso piora mais minha situação. Os abro lentamente, me acostumando com a claridade do lugar.

- Onde é que eu estou?!- Pergunto pra mim mesmo, não me lembro de nada do que aconteceu e nem com vim parar aqui. Olho ao redor. O quarto é branco, ao meu lado direito tem vários aparelhos. Penso em como vim parar aqui, mas minha cabeça dói cada vez mais. Os aparelhos, quarto branco, só posso está em um hospital. Escuto o barulho da porta, alguém entra. Me viro pra ver quem é. Meu pai.

- Graças a Deus você acordou.- Ele fica ao meu lado.

- O que aconteceu comigo?

- Você sofreu um acidente de carro, mas agora está tudo bem.- Sinto meu corpo inteiro doer, meu braço tem alguns arranhões.

- Alguém estava comigo?- Meu pai estranha minha pergunta.

- Não. Você estava saindo do trabalho, estava sozinho. Não lembra?- Nego com a cabeça lentamente.- Sua cabeça dói?

- Muito.- Respondo amargo, minha cabeça da pontadas.- Liga pra Amélia, ela precisa saber que estou bem.- Meu pai me olha como se eu fosse louco. Minha esposa precisa saber que estou bem, será que ela está aqui.

- Filho, você não lembra de nada mesmo?- Fecho os olhos e penso. Lembro que Amélia me disse que queria sorvete e descidi ir comprar.

- Eu estava indo a uma sorveteria pra Amélia. Sabe, as mulheres ficam com desejo quando estão grávidas.- Meu pai me dá um abraço cuidadoso e sai. Não entendi nada dessas expressões dele. Fecho os olhos pra ver se minha dor passa. Logo escuto outra vez a porta se abrindo.- Já voltou, pai?!

- Não é seu pai, sou eu.- Não lembro de quem é essa voz. Abro meus olhos e vejo uma mulher morena grávida, sua pele bem branca e um lindo par de olhos azuis.- Como está se sentindo?

- Bem.- Respondo ríspido. Não faço ideia de quem seja. Ela parece ficar abatida pelo meu tom de voz.- Eu conheço você? É alguma cliente minha?- Minha pergunta pareceu pertubala, seus olhos ficam marejados e as lágrimas escorrem pelo seu lindo rosto angelical. O marido dela é um homem de sorte.- Por quê está chorando?

- Você não lembra de mim, não é?- Ela senta na beirada da cama.

- Não. Você conhece minha esposa, Amélia? Ela está grávida  e pode está preucupada comigo.- Ela chora silenciosamente, me sinto mal sem saber o que fazer.

- Vou chamar o médico.- Diz. Caminha até o meu lado e beija minha testa, meu corpo sente um calor. Ela está triste, juro que não lembro quem é essa mulher.

O médico aparece me faz algumas perguntas e depois diz que irei fazer alguns exames, só terei alta daqui a três dias. Que chato. Estou esparando minha esposa aparecer e nada. Fico nervoso. Meu pai aparece e outras vez aquela mulher vem junto.

- Filho, quero conversa. Você sofreu um grave acidente de carro, milagre não ter morrido mas você teve uma hemorragia na cabeça. Isso deve ter lhe causado perda de memória. Amélia morreu filho.- Não sei como agir. Minha mulhera que eu amo morreu.- Essa é sua esposa filho. Amélia já teve o bebê.

- Eu não estou entendendo nada, pai. Me explica direito, eu perdi o nascimento do meu filho?

- Filha. Já se passou anos, Dulcie já têm dois anos de idade, Amélia morreu. Não lembra? Você conheceu a Dakota.- Olha pra mulher mais uma vez, não me lembro dela.

- Não seja ridículo. Se fosse meu pai acha que eu não lembraria?!- Ele respira, a mulher chora.- Não posso fazer nada, vai embora os dois. Quero ficar sozinho.- Falo emburrado.

- Vamos esperar, talvez seja só questão de tempo.- Ele consola essa tal de Dakota. Sinceramente, não me lembro dela.

Jamie and DakotaOnde histórias criam vida. Descubra agora