Quatro

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Dakota Johnson

A consciência bateu a porta da minha mente adormecida, mas tentei mantê-la longe. Eu não queria acordar. Estava contente, confortável e aquecida.

Visões vagas do meu sonho passeavam atrás dos meus olhos fechados. O cobertor que eu abraçava era o mais quente e cheiroso com o qual já tivera o prazer de dormir, pois ele abraçava de volta. Algo quente se apertou contra mim. Seus olhos se abriram e focaram mechas de cabelos familiarmente desarrumados a apenas alguns centímetros do meu rosto. Centenas de lembranças surgiram naquele segundo, quando a realidade da noite passada desabou sobre meu cérebro confuso.

Meu coração acelerou quando levantei a cabeça para ver aquele lindo homem abraçado ao meu corpo. Sua cabeça estava deitada em meu peito, sua boca perfeita, levemente aberta, deixando escapar lufadas de ar quente em meus seios nus. Seu longo corpo estava deitado ao meu lado, nossas pernas se entrelaçavam e seus braços fortes envolviam meu torso com força.

Tive dificuldade para voltar a respirar e para evitar entrar em pânico. Eu estava muito ciente de cada centímetro onde nossas peles se tocavam. Podia sentir a batida poderosa de seu coração contra meu peito. Seu pênis estava pressionado contra minha coxa, semiereto em seu sono. Seus dedos ardiam com a vontade de tocá-lo. Meus lábios desejavam beijar seus cabelos.

Levanto bem devagar para não acordá-lo. Comecei a andar até o banheiro, mas vi de relance meu próprio reflexo no espelho do quarto e parei. Uau. A imagem de quem acabou de transar. Definitivamente, era assim que eu parecia. Eu me aproximei e examinei as pequenas marcas vermelhas espalhadas em meu pescoço, ombros, seios e barriga. Uma pequena mordida estava visível debaixo do meu seio esquerdo, além de uma vermelhidão em meu ombro. Olhando para baixo, corri os dedos pelas marcas vermelhas na parte interna das minhas coxas. Seus mamilos endureceram quando lembrei a sensação de sua barba mal feita raspando contra minha pele. Meu cabelo estava todo desgrenhado, e mordi o lábio quando lembrei de suas mãos mergulhadas nele. A maneira como ele me puxara primeiro para um beijo e depois para seu pau...

Fui retirada dos meus pensamentos por uma voz grave e sonolenta.

- Já está de pé?- Eu me virei e tive uma rápida visão de seu corpo nu quando ele se ajeitou nos lençóis antes de sentar e cobrir-se, deixando apenas o torso a mostra. Eu nunca me cansaria de ver, e sentir, seu peito largo e musculoso, seu abdômen malhado e aquele caminho da felicidade, que levava para o mais gloriosamente bem dotado homem que eu já conhecera.

Quando meus olhos finalmente alcançaram seu rosto, eu franzi a testa ao ver seu sorriso maroto.

- Peguei você olhando.- ele murmurou, esfregando a mão no queixo.

Eu não sabia se deveria sorrir ou revirar os olhos. Vê-lo daquele jeito, vulnerável e semiacordado, era desconcertante.

Quando seus olhos percorreram cada parte do meu corpo, eu me lembrei que também estava completamente nua. Nesse momento, sua expressão parecia tão intensa quanto seus toques. Pensei brevemente que, se ele continuasse com aquele olhar, minha pele entraria em combustão. Será que aquilo poderia ter sobre mim o mesmo efeito que seu toque?

Ele molhou seus lábios com a língua e grunhiu baixinho:- Venha aqui.

- Estava pensando...- Jamie levanta o olhar pra mim. Ele tomava café da manhã.- Acho que vou colocar Maggie no ballet. O que acha?

- Não acho uma má ideia. Você quer fazer ballet, filha?- Ele perguntou todo animado.

- Quero, papai.

- Então vamos colocá-la.- Diz puxando o nariz da mesma de leve.

- Quem quer mais bacon?

Jamie foi deixar Maggie na escola, e depois iria trabalhar. Dulcie não iria a escolinha hoje, segundo a diretora da creche, a filtração da escola seria concertada. Então descidi ir tirar ás medidas do meu vestido e do dela. Eloise iria comigo, já que ela seria a minha madrinha.

A sra. Bartoline tirou ás medidas do meu vestido. O ateliê era de origem italiana, e achei chique de mais, mas como Eloise me convessi em tudo, cedi.

- Eu estou desconfortável, Elo.- Digo enquanto a pequena senhora de cabelos crisalhos tira as medidas da pequena Dulcie.

- Por quê? Está com medo?- Nego.

- Já faz tempo que não vejo o Matt, era pra ser uma coisa boa, mas em vez disso estou preucupada. Mas não só por isso. Jamie está pagando por tudo do nosso casamento e ...

- Pensei que seu pai tinha lhe contado.- Franzo o senho sem entender o que ela acabara de falar.

- O que ele não me contou?

- Ah, ele falou pro Jamie algumas semanas...acho que foi uns dias depois de vocês anuciarem o noivado. Don iria ajudar com as despesas do casamento também, ele falou que tinha uma grande quantia no banco reservado pra você...pra quando fosse casar.

- Ele nunca contou isso.- Eloise acaricia meu braço.

- Talvez ele queria ter feito uma surpreza. Desculpa, Dak.- Balanço a cabeça, não quero que ela se culpe.

- Obrigada por contar.

- Senhorita?- Sra. Bartoline me chama.- Ás medidas da sua filha estão prontas, dois dias antes do casamento os vestidos estaram prontos.- Vivian, minha amiga e mãe do pequeno Austin colega de Dulcie, havia me indicado esse ateliê por conta da rápidez da entrega. Por isso tudo daria tempo para o dia trinta e um, que seria daqui a duas semanas. Sinto um frio na barriga de anciedade.

- Obrigada, sra. Bartoline. Como minha outra filha não pode vim, depois trago ela pra esperimentar os vestidos feitos.- Digo. A senhora é tão baixinha que preciso inclinar a cabeça pra olhá-la.

- Certo, menina.- Pego Dulcei no colo.

- Até mais, sra. Bartoline.

Eloise e eu fomos ao shopping, toda vez que eu saia com ela era assim, sempre iamos á algum lugar pra comprar alguma coisa. Eu estava com fome, paramos na praça de alimentação do shopping.

- Dak, não conta pro seu pai que falei sobre o dinheiro.- Eloise falou como se estivesse fofocando ou entregando alguem.

- Tudo bem, não irei tocar nem no assunto.- Digo pegando uma batatinha frita e mergulhando no molho. Jamie não podia nem sonhar que deixei Dulcie comer fritas, mas ela é criança. Comer esse tipo de coisa é meio que uma obrigação. Derrepente sinto um mal presságio, uma presença de alguem desagradável. Como se eu fosse uma vidente, avistei Elena a quilômetros de distância de nós. Ela conversava com um homem velho de palitó. Não queria que ela me visse aqui, nosso ultimo encontro foi muito desagradável, certamente ela iria falar muitas coisas sujas do passado dela com Jamie, que eu não quero saber.

- Dakota?- Saios dos meus desvaneios quando Eloise práticamente bate na minha cara. Olho pra ela.- O que foi?

- Nada. É melhor irmos embora, não quero ter um outro encontro desagradável.- Eloise me olha sem enteder.

Jamie and DakotaOnde histórias criam vida. Descubra agora