Trinta e seis

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Leila desliga o telefone, minha raiva é tanta que queria arremessar meu aparelho contra a parede. Eu estou com muito ódio, de ter sido enganada. Como essa mulher pode fazer tal brutalidade por conta de ciúmes? Por conta de ser rejeitada? Isso é triste mas não se deve fazer esse tipo de coisa. Me sento no sofá antes que eu caia.

- A policia localizou a chamada do telefone dela.- Jamie aparece na sala, nenhum momento deixei ele falar com aquela mulher. É isso que ela quer, que ele implore pra que a mesma devolva Dulcie. Se ela é tão apaixonada pelo Jamie por quê tentou matá-lo.- Eu vou com eles.

- O quê?- Falo pasma.- Deixe a policia cuidar disso.

- Eu vou pegar minha filha.

- Vou com você.- Me levanto, mas minha mãe segura meu braço.- Mãe!

- Você não vai...deixei o Jamie cuidar disso com a policia.

- Eu jurei pra mim mesma que iria dá uma surra no culpado, nesse caso culpada. Por favor...- Olho para os dois, implorando que me deixe ir junto.

- Não saia de perto de mim.- Assenti. Minha mãe solta meu braço, mas seguro sua mão. Ela me olha, nós duas não precisamos falar nada pra saber o que estamos sentindo. Somos mães, eu colocaria minha vida em risco pela Dulcie. Pelos meus três filhos, ela não é um brinde como diz Amélia. Ela é meu prêmio da loteria.

- Tome cuidado, querida.

- Nós também vamos.- Nat e Luke aparem na porta.- Aquela vadia me enganou.

- Vamos então.- Jamie segura a minha mão e eu a aperto, ele repete o gesto.

Seguimos a policia até uma rua normal, mas silênciosa. Ninguém queria fazer alarme, ela poderia tentar algo. Não poderiamos por a vida da Dulcie em risco. Os homens sercam a casa, observo o movimento silencioso deles sercando a casa. As luzes estão acesas,estou me segurando pra não sair correndo e invadir o lugar.

- Será que ela está aí?- Estou nervosa demais, Jamie segura minha mão pra me acalmar.

- Está sim.- Ele diz seguro de si. Permanecemos dentro do carro só observando a policia fazer o serviço. Olho ao redor da rua e vejo uma silhueta atravessando um beco. Abro a porta do carro, e meu irmão me segura.

- Espere...vi alguém alí.- Aponto para o beco mal iluminado quase no final da rua.

- Eu vou ver.- Luke vai atras do Jamie, mas como sou teimoso descido ir junto. Mesmo meu irmão falando bobagens.

A luz do poste pisca, parece mais cenário de terror. Vejo a mão do Jamie ir pra tras da sua jaqueta e vejo algo prateado na sua calça. Uma arma. Desde de quando ele tem isso? Eu e ele teremos uma boa conversa. Estamos um pouco distantes da casa onde Leila deu o telefonema, talvez ela fez isso pra distrair a policia.

Os dois param na entrada do beco e examinam, logo os dois entram e não os vejo mais. Me aproximo da entrada também, e em seguida escuto discussões.

- O que você quer, Leila?- Ela está aqui.

- O que eu quero você não pode me dá.- Seu tom de voz me deu calafrios, nem parecia a voz que me comprimentou hoje mais cedo. Ela está segurando Dulcie no colo, a mesma está dormindo.

- Deixe minha filha, eu faço o que você quiser.- Eu não posso ficar só observando, preciso fazer algo. Se eu chamar a policia pode ser arriscado demais.

- Pra quê? Vai namorar comigo e pensar na outra, não seja rídiculo. Agora eu quero vê-lo implorando.- Pensa, Dakota. Já passei por uma situação parecida, quando um homem abordou Eloise quando estavamos saindo do shopping alguns anos. Lembro que dei a volta na rua e andei silenciosamente atras dele e o acertei com uma barra de ferro. Tenho que fazer a mesma coisa, ela não me viu. Procuro outra entrada pelo beco, meu irmão continua na frente do carro e faço um sinal pra ele vim.

Jamie and DakotaOnde histórias criam vida. Descubra agora