POVs Christopher Von Uckermann 12

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Chegamos no hospital minutos depois enquanto eu me perguntava mentalmente como Dulce estava pagando a internação ali. Era o hospital mais caro da Cidade do México, onde se encontravam os melhores profissionais. Nem eu, sendo filho de quem sou fiquei internado ali alguma vez em minha vida.


— A mamãe voltou meu amor. — Fora a primeira coisa que Dulce dissera quando chegamos à porta do quarto dele. Um quarto azul bebê, com alguns adesivos de carrinhos na parede e alguns brinquedos em uma mesinha.


— Mammy . — Ele esticou os bracinhos pra Dulce depois de empurrar o tablet à sua frente, no qual a garota que supostamente cuida dele estava mostrando algo a ele. — Se comportou? — Ele não respondeu. Claro que não responderia, é praticamente um bebê. — Como ele está Scarlet? — Dulce se aproximou dele. Ele era tão lindo que me recusava a acreditar que eu tinha feito aquele ser.


— Acho que está com dores. A enfermeira acabou de aplicar algum medicamento no soro.


— Está doendo meu amor? Hum? — Sua voz mudava quando ela falava com ele e ele parecia gostar disso. — Vai ficar aí parado na porta Christopher?


— Não, eu só... — Me dei conta de que eu não entrei no quarto quando ela perguntou isso. Eu estava um pouco apavorado. De um dia para o outro ganhei um filho, e descobri que ele estava doente. Me aproximei dele e ele me olhou com curiosidade, talvez não se lembrasse de mim do dia anterior, mas eu me lembrava bem dele. — Ele é tão lindo.


— Hmm. Dulce, eu vou ir comer alguma coisa agora que você está aqui, você quer alguma coisa? — A garota que nos olhava em silêncio perguntou.


— Não Scarlet, obrigada.


— Eu vou indo então, qualquer coisa você me liga. — Scarlet se despediu do meu filho e então saiu.


— Como ele se chama? — Perguntei, era estranho não saber o nome do meu próprio filho.


— Enzo. — O mesmo nome que eu disse uma vez que gostaria de por em meu filho se tivesse um, mas Dulce não comentou nada a respeito e eu não iria entrar nesse assunto. Guardei minha felicidade pra mim, pelo menos por enquanto.


— Ei Enzo, tudo bem garotão? — Apertei levemente a mãozinha dele, senti o quão quente ele estava. — Ele está quente. — Sei que minha voz saiu preocupada.


— O que você queria? — "Gostaria que ele estivesse bem" Pensei. Se eu dissesse isso, Dulce me jogaria pela janela do oitavo andar.


— Eu posso pegar nele um pouco? — Tive tanta vontade de tê-lo novamente em meus braços. Abraçá-lo, sentir seu cheiro, seu calor.


— Você ouviu o que a Scarlet falou? Ele está com dores. — Cortou meu barato, mas ela tinha razão. Pegar ele no colo só faria com que ele sentisse mais dor e eu não queria ser o responsável por isso. Na verdade eu daria o que fosse para estar no lugar dele. Como pode um ser tão pequeno, inofensivo passar por algo assim?


— Eu sei. — Suspirei frustrado o olhando. — Onde eu posso fazer o exame de compatibilidade?


— Aqui mesmo. — Suas respostas sempre tão curtas e diretas só demonstravam que ela ainda não havia me perdoado. Me pergunto se eu a teria perdoado se estivéssemos em lugares trocados.


— Posso fazer uma pergunta?


— Pode fazer todas as perguntas Christopher, mas não posso garantir que terá todas as respostas.


— Como você tem se virado lá nos Estados Unidos?


— Eu tenho um trabalho, um apartamento e alguém pra cuidar do meu filho enquanto eu passo o dia fora pra conseguir dinheiro dignamente para sustentá-lo.

The Last Hope - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora