POVs Christopher Von Uckermann 02

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— Uma festa na praia? — Seus olhos brilhavam de empolgação.

— Sim, mas precisamos ir agora Dulce. — Olhei o relógio em meu celular. — A festa já começou, o que acha?

— Eu acho legal, mas não sei se meus pais vão gostar da ideia. — Ela cruzou os braços.

— Vamos lá, vai ser legal. Te trago inteirinha quando você estiver cansada.

— Tudo bem, eu vou avisá-los sobre a festa. Não demoro. — Ela roubou um selinho meu e saiu dando pulinhos e cantarolando. Fiquei sentada na escadaria do hotel onde sua família estava hospedada. Dulce não era rica e sei que quando meus pais souberem, ou melhor, o meu pai, ele terá um surto psicótico. Pra falar a verdade não me importo com dinheiro, nem nada disso. Os poucos dias com que tenho passado ao lado de Dulce tem sido os melhores de minha vida.Cresci cercado de primos interesseiros, amigos medíocres que acham que porque têm dinheiro são melhores que os demais. Dulce é a prova viva de que não é preciso ter dinheiro para ser feliz.

Dulce voltou ainda radiante, agora com shorts e camiseta branca e uma rasteirinha.

— Podemos ir?


— Com certeza. — Ela olhou para trás. Tenho certeza que o pai dela não gostou muito da ideia, mas Dulce é parte como eu.

— Está linda.— Me levantei e me virei pedindo que ela montasse em minhas costas. Dobramos duas esquinas e então pisamos na areia fina. Coloquei Dulce no chão e caminhamos de mãos dadas em direção à festa na praia. Na verdade era uma festa dada pelo resort em que eu estava hospedado, e como tinha certeza que meu pai não estaria ali com minha mãe, então eu a convidei.

— Christopher, isso aqui é festa de gente rico. — Ela se encolheu atrás de mim.— Olha só pra essas pessoas.

— Ei relaxa. Ninguém aqui tem nada a ver com sua vida, com a nossa vida ok? Classe social não importa Mari. — Dei um beijo rápido nela. — Espera. — Fui correndo até o jardim que dividia a área da piscina com a areia, peguei uma orquídea branca, voltei e coloquei no cabelo dela. — Bem melhor. — Ela sorriu. Um sorriso tímido. — Vem dançar. — A puxei para o meio da multidão na pista de dança.

— Ai que vergonha, eu não sei dançar.

— Se solta. — A fiz dar uma volta. — Você é a garota mais linda que já vi em toda minha vida, sabia?

— Oh, e pra quantas mais você já disse isso?

— Acreditaria que eu dissesse que nenhuma? — Dulce sorriu. Aproveitei um cara que passava com a bandeja cheia de taças e peguei um drink pra mim e outro pra ela.

— Tem álcool?

— Você deveria se soltar um pouquinho, Mari. — Ela fez uma careta. Provei o drink dela. — Não tem não, fica tranquila. — Ela pegou a traça e provou.

— Hmm, é bom. O que é?

— Soda Siciliana. — Um "quê" duvidoso surgiu em sua feição.— Não importa, se gostou vai em frente baby. — Pincelei seu nariz.

No tardar da noite, depois de dançar bastante, levei Dulce para um local mais afastado. Queria ficar a sós com ela.

— Gostou? — A abracei por trás quando nos sentamos na areia.

— Foi ótimo, mas está ficando tarde. E sabe né... meus pais devem estar preocupados.

— Entendo perfeitamente. — Ela encostou a cabeça em meu peito.

— Eu queria ficar assim com você a noite inteira.

— Desejo o mesmo. — Beijei o pescoço dela.Pude ver sua pele se arrepiar.

— Amanhã eu volto para o México Chris. — Sua voz soou triste. — A gente vai se ver lá, ou isso é apenas um romance de verão?

— Mas é claro que a gente vai se ver lá Mari. — Ela se virou de frente pra mim. — Desejo no fundo do meu coração que isso vá além. Eu sei que a gente mal se conhece, mas teremos tempo suficiente pra isso. — Beijei sua testa. Dulce abaixou a cabeça. — O que foi? — Levantei sua cabeça.

— É só que não quero ficar longe de você.

— Eu estarei pra sempre aí dentro. — Apontei seu coração.

— De verdade? — Assenti. Busquei seus lábios e a beijei. Quando dei por mim, eu já estava subindo sua blusa.

— Chris, espera. — Ela se soltou e segurou minhas mãos.

— O que foi?

— É só que... eu... eu nunca...— Apesar do local estar pouco iluminado, pude ver suas bochechas corarem.

— Você é virgem? — Ela assentiu. — Oh, me desculpe. Perdão, se não quer tudo bem, foi bom você falar.

— Não é isso. — Ela desviou o olhar. — Eu quero, eu só... tenho medo.

— De se machucar? — Ela afirmou. — Eu jamais machucaria você ok? — Ela assentiu e tornou a me beijar. Então ela se rendeu. Ali, naquela praia até então deserta, sob o olhar da lúa cheia. Quando acordei, Dulce não estava mais ao meu lado. Sabia que mesmo que eu fosse atrás dela, ela já estaria embarcando. 

The Last Hope - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora