Estacionei em frente a casa de Dulce, saí do carro e bati na porta. Quem abriu a porta foi o pai dela, me olhando sempre com desdém.
— Boa noite senhor Fernando. — Desejei. Ele respondeu friamente e me apontou a porta do quarto dela.— Ela já está pronta?
— Está. — Ele foi até o sofá e se sentou. — Dulce, seu namorado está aqui. — Voltou sua atenção ao jogo na TV.
— Para qual time o senhor torce?
— Nenhum. E você?
— Prefiro outros esportes. — Dei de ombros. — O senhor vai à festa? — Perguntei mais baixo para que Dulce não ouvisse?
— Vou sim, mas a mãe dela disse que é para eu arrumar apenas depois que vocÊs saírem.
— Entendi. — Olhei a porta do quarto se abrir.
— Desculpe a demora Chris. — Ela veio ao meu encontro.
— Uau, você está linda. — Dulce estava com um vestido verde piscina de cintura alto e rendado lindo, saltos enormes preto, uma maquiagem que realçou bastante seus traços e os cabelos soltos ondulados.
— Você é bem engraçadinho hein. — Ela pincelou meu nariz depois me roubou um selinho. — Você me dá a roupa e depois fica com cara de retardado. — Arregalei meus olhos, eu não dei roupa alguma. Fernando me olhou de relance e só então entendi. — Adoraria saber onde você vai me levar.
— É segredo. Aliás, feliz aniversário. — Tirei de meu bolso uma caixinha e entreguei a ela.
— O que é isso?
— Abre. — Ela sorriu empolgada e abriu a caixinha. Dentro dela continha um colar, uma pulseira e um anel.
— Oh Chris, são lindos. Isso deve ter custado muito caro, não posso aceitar.
— Não ouse mais repetir essa palavra comigo menina. — Ele tirou o colar. — Deixe-me por em você. — Ela se virou e levantou o cabelo para que eu colocasse nela.— Prontinho. — Ela se virou. Fico ainda mais bonito nela. Depois coloquei a pulseira e o anel.— Podemos ir?
— Podemos. Bom, eu vou indo pai. Fala pra mamãe que eu fui tá? Ela está no banho. Tchau.
— Vai com Deus minha filha, se cuide.
Já no carro levei Dulce até meu apartamento, que eu ainda estava montando com a desculpa de ter esquecido a carteira lá. Assim daria tempo para que todos chegassem ao local. Dulce ficou olhando o apartamento enquanto eu fingia procurá-la, sabendo que ela estava em meu bolso o tempo todo.
— Pronto. Vamos? — Mostrei a carteira a ela e ela riu.
— É linda a vista daqui.
— Gostou? — A abracei por trás beijado seu pescoço.
— Harram!
— Sabe que pode dormir aqui quando quiser não é? Ainda estou mobiliando, mas tem uma cama, uma cozinha completa e uma ducha.
— Gostei da parte da cama. — Ela se virou de frente pra mim e me beijou. — Podemos estreá-la?
— Outro dia. — Pincelei seu nariz. — Agora temos um lugar pra ir.
Jamais poderei esquecer a cara dela quando entrou no salão, no qual ela pensou ser alguma boate, e ver todos ali gritando "surpresa" pra ela. Sua cara de surpresa, sua mão trêmula segurando a minha, seus olhos brilhando. Foi uma senhora festa, com direito a DJ, bar man, pista de dança, uma bela decoração lilás e branca e uma mesa enorme com bolo e doces, e uma mesa repleta de presentes que ela disse nunca ter ganhado tantos em toda sua vida.
Depois que ela cumprimentou todos os amigos e os familiares ali, eu a puxei para a pista de dança. Ficamos dançando coladinhos, às vezes topando com o olhar de Fernando e me afastando, mas logo ela me beijava e me fazia esquecê-lo. Ela estava feliz, radiante e feliz e eu estava feliz por isto.
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The Last Hope - Vondy
Fiksi PenggemarÀs vezes, por mais que a gente tente fugir daquilo que um dia nos fez mal, o destino insiste em nos levar de volta ao ponto inicial. A gente se esconde, foge para lugares desconhecidos, tenta começar uma vida nova, apagar o passado e seguir em fren...