Capítulo 13 - O primeiro-ministro

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Aquele telefonema de Eva dizendo "eu te amo" pra uma cara que eu nem sei quem é me fez sentir desconfortável. Não por nada, até porque Eva e eu não estamos numa relação amorosa. Nós estamos num relacionamento puramente físico. Mas, convenhamos, ela estava deitada na minha cama. Na minha cama dizendo pra outro homem que o amava. Isso é no mínimo uma falta de respeito. Perguntei com quem ela estava falando mas nem deu tempo dela responder, Drake me ligou na hora avisando que Diana descobriu que eu iria à Paris e foi na imprensa informar que aproveitaríamos pra viajar juntos. 

Juro por Deus que se eu pudesse eu esganava aquela mulher. Eu não a suporto e o pior que ultimamente ela está ficando muito no meu pé. Se ela pensa que eu vou casar com ela, está muito enganada. Não casaria com ela nem que isso dependesse a minha vida. Me tranquei no banheiro pra tentar relaxar, entrei na banheira e fiquei ali por um bom tempo. Ainda ouvi Eva tentando abrir a porta, mas eu realmente não estava afim de falar com ela nem com ninguém.

Saí do banheiro e Eva não estava mais lá. Encontrei o seu bilhete mas não o abri. Fui pra cozinha ver o que Grace havia feito pro jantar.

- Ainda acordada, Grace. - me deparei com Grace na cozinha.

- Perdi o sono e vim tomar água. Você está com fome, querido?

- Sim.

- Vou colocar no prato e esquentar. - assenti.

Resolvi comer na cozinha mesmo e sentei à mesa esperando Grace colocar minha comida. Ela colocou meu prato e meu suco na mesa e se sentou comigo.

- Você não parece bem, querido. - falou com uma voz preocupada.

- O dia hoje não foi fácil, Grace. - suspirei

- Então por que Eva foi embora? Ela sempre faz o seu humor melhorar.

Dei de ombros e continuei a comer. Grace se levantou.

- Eu já vou dormir, querido. - me deu um beijo maternal no rosto. - Eu amo você como se fosse um filho, Josh, e eu quero a sua felicidade. Eu só espero que você não se dê conta do que você tem quando perder. - suspirou. - Boa noite.

Ela saiu da cozinha e me deixou lá sozinho. Eu não falei nada porque não quero dar muito assunto a essa história que Grace inventou ultimamente. Eu e Eva não tínhamos nada além de sexo. Eu terminei de comer e fui pro quarto. Olhei pro bilhete de Eva e resolvi lê-lo.

Meu lindo, tive que ir pra casa arrumar o resto das coisas pra nossa viagem. Faremos muito sexo na cidade luz. Pensar nisso já me leva ao êxtase. Muitos beijos.  Até amanhã. Sua Eva.

Li e tive raiva de Eva. Amassei o papel e joguei fora. Resolvi ir dormir. No outro dia acordei bem cedo. A viagem foi cansativa e extremamente desagradável. Aguentar Diana não é brincadeira e olhar pra Eva me deixava com mais raiva. Todo um andar no hotel foi reservado para nós, claro que eu e Diana ficaríamos em quartos separados. No encontro que tive com o presidente francês, fiz questão de manter distância de Eva, ela fez seu papel de tradutora. Voltamos pro hotel e eu fui descansar um pouco, mesmo querendo a presença de Eva comigo não a procurei. Foi então que ouvi o som de mensagem do meu celular. Quando abro, vejo que é de Eva.

Josh, estou indo turistar na cidade luz. Quando voltar, te aviso. Beijos molhados e quentes por todo o seu corpo gostoso. Sua Eva.

Aquilo me deu mais raiva ainda. Como era possível que Eva não tinha noção de nada. Eu estava claramente chateado com ela e o que ela faz? Vai passear. Não soube mais dela o dia todo. Drake veio ao meu quarto para debatermos assuntos relacionados à nossa visita a França. Depois ele foi embora pro seu quarto e uns minutos depois ouço alguém bater na porta. Ou era o Drake que tinha esquecido algo ou Eva. Queria desesperadamente que fosse Eva. Abri a porta e não contive a cara de decepção.

O primeiro ministro e eu (finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora