Capítulo 14 - Eu

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Quando aquela insuportável da Diana falou que tinha me visto chegar ao voltar do quarto do seu noivo, meu coração ficou cheio de ódio e raiva. E quando ela mencionou a palavra amor, meu estômago revirou. Disse que ela nem sabia o que era isso e que eu estava com uma pessoa que amo profundamente. O problema é que Josh ouviu e pelo seu olhar tenho certeza que ele interpretou tudo errado. Quando os dois saíram, senti um vazio enorme dentro de mim. Liguei várias vezes mas ele não atendeu. Meu coração ficava cada vez menor. Mandei três mensagens: uma pedindo desculpa, outra perguntando por que ele não atendia o telefone e a última explicando quem era a pessoa que eu amo. 

Vi que ele visualizou as mensagens mas não retornou minhas ligações, o deixei esfriar a cabeça. Claro que ele estava chateado comigo porque eu estava brigando com Diana e não por estar com ciúme dessa pessoa que eu amo, que aliás é o meu irmão. Dormi e no outro dia fui bem cedo pra casa do Andrew, como não haveria nenhuma reunião, eu estava de folga. Então ficaria com meu irmão todo o dia.

- Sua casa é uma gracinha, Andrew. Tenho certeza que tem a mão da Isabelle aqui. - ele riu

- Com certeza. Antes isso aqui tinha cara de macho, agora a Isabelle exagerou em tudo e parece casa de gay. - eu não me contive e gargalhei.

- Deixa de ser chato, maninho. - parei de rir e o olhei bem nos olhos. - Você está feliz?

- Estou sim, Eva. Ainda mais agora que você voltou pra minha vida. - ele me abraçou.

- Eu te amo muito, Andrew. Não desapareça nunca mais, viu? - ele assentiu. - Porque senão, eu mesma te mato. - ele riu.

- Me perdoa ter te deixado sozinha. Nunca mais vou fazer isso. - nos abraçamos de novo.

Começamos a conversar sobre o seu relacionamento com Isabelle, ele estava muito feliz e apaixonadíssimo por ela. Senti uma pontinha de inveja, queria que o Josh sentisse tudo aquilo por mim também. Eu acho que mereço ser amada, então por que ele não me amava? Meu telefone toca, interrompendo o Andrew e os meus pensamentos.

- Alô.

- Eva, é o Russell.

- Olá, sr Russell. 

- Eva, eu esqueci de te avisar que você precisa pegar um quadro para o primeiro-ministro.

- Sem problema, eu irei. Onde?

- Na Praça de Montmarte. Você sabe chegar lá?

- Sim, não se preocupe, sr Russell, eu sei onde fica. Mas como vou saber quem é a pessoa?

- Ah, é impossível você se enganar. - ele desatou a rir, não entendi o porquê. - Ele é um cara meio ridículo, com um bigode gigante. - riu de novo. - Ah, e ele estará usando uma boina vinho. Seu nome é Jacques Burnier.

- Certo, sr Russell.

-  Marquei pra daqui a trinta minutos. Obrigado, Eva.

- Não por isso, sr Russell, só estou fazendo o meu trabalho. 

Desligamos o telefone e eu avisei ao Andrew que teria que ir embora mas que iria jantar no seu restaurante mais tarde. Cheguei na praça e fiquei de frente pra um chafariz, meus pensamentos voaram até Joshua Style. O que ele poderia estar fazendo naquele momento? Será que ele estava com Diana? Será que ele resolveu tentar um relacionamento de verdade com aquela desagradável? Uma voz me chama me salvando desses pensamentos ruins.

- Srta Reynolds. - me virei e percebi que o sr Russell estava certo, esse Jacques Burnier era uma figura ridícula mesmo. Deu vontade até de rir mas me contive.

O primeiro ministro e eu (finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora