Capítulo 24 - O primeiro-ministro

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Pode-se dizer que minha vida está uma grande merda. Já faz aguns dias que não vejo Eva e a vondade de correr pra ela só aumenta. Drake tem me ligado mas tenho ignorado. Grace me abandonou e nem sei pra onde ela foi. 

Um dias desses não consegui segurar a saudade e fui até a casa de Eva, esperei por horas em frente mas ela não apareceu. Só vi a srta Kelly e um homem entrando. Nada de Eva. Será que ela tinha se mudado de lá ou ido embora de Londres? Voltei pra casa e acabei com duas garrafas de conhaque. Eu estava péssimo, sentia muito a falta de Eva. A vida era mesmo engraçada e irônica. Eu fugi tanto de um relacionamento, propus a Eva que tivéssemos sexo sem emoção mas caí na minha própria armadilha. Eu queria beijá-la, eu precisava sentir seu corpo, seu cheiro. Necessitava da sua pele de pêssego. Aquela mulher é preciosa demais e me ama. Por que eu não posso simplesmente amá-la também? Por que essa culpa me consome? Por que a imagem de Caroline sempre vem me atormentar?

 Por que eu não posso simplesmente amá-la também? Por que essa culpa me consome? Por que a imagem de Caroline sempre vem me atormentar?

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Estou absorto em meus pensamentos e ouço a campainha tocar insistentemete. Não dá pra ignorar, Não tem ninguém pra atender, depois que Grace foi embora, dei férias coletivas a todos os meus empregados. Saio do quarto e vou em direção à porta. Abro e faço cara de paisagem.

- Porra, Josh. Eu não paro de te ligar e você simplesmente ignora as minhas ligações.

Não falei nada, apenas me virei e fui pra sala. Drake me acompanhou. Me sirvo um copo de whisky e nem me dou ao trabalho de oferecer. Sento no sofá e ele também.

- O que porra tá acontecendo com você? - continuo calado.Olho pra ele como se ele não estivesse de fato ali na minha frente. - Puta que pariu, Josh, você é um cara estranho pra caralho. - suspiro e dou um gole no whisky. - Pelo visto você não quer falar nada mas vim aqui pra te dar uma notícia que você vai odiar. - ele sorri irônico. - Você terá que ir à festa hoje.

- Que festa? - vociferei.

- Ah, resolveu falar? 

- Porra, Drake, diga logo.

- A festa do partido será hoje, teoricamente você não precisava ir mas surgiu um porém.

- Que porém? -  falei irritado e ele sorri satifeito com isso.

- Simplesmente os maiores empresários de Londres estarão lá e todos foram unânimas em dizer que só investirão pesado no governo se você for e os convencer.

- Puta que pariu, eu não tô com o mínimo humor pra festa.

- E tem mais uma coisa que você vai amar e até dar uns pulinhos de alegria quando eu te disser quem vai. - claro que eu pensei em Eva. Meus olhos brilharam e o idiota percebeu. Seu sorriso foi gigantesco. - Diana Adams. - gargalhou.

- Vai tomar no ...

- Olha o palavriado, primeiro-ministro. 

Eu não tinha escolha, precisava ir à festa. Não podia desperdiçar um investimento tão alto. Me arrumei e coloquei cara de primeiro-ministro. Cheguei à festa e muitos me cumprimentaram, conversei com vários empresários. Eu estava odiando estar ali, estava impaciente e irritado comigo mesmo. Como eu podia ser tão idiota e ter perdido Eva? As pessoas conversavam comigo e eu tentava ser simpático mas em meus pensamentos quem reinava em absoluto era Eva. Comecei a lembrar da sua gargalhada, do brilho dos seus olhos, do gosto do seu beijo. Seu cheiro invadiu as minhas narinas e isso era tão real, parecia que ela estava ao meu lado. Estou divagando pelo corpo de Eva e sou abruptamente puxado à realidade.

O primeiro ministro e eu (finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora