Ver Eva aquele jeito me partia o coração. Tudo por minha culpa. Eu não evitei o óbvio. Eu sabia que Diana estava a espreita desde aquela maldita vez que ela drogou Eva. Levei minha amada toda ensanguentada até o melhor hospital de Londres. Não permitiram que eu acompanhasse Eva. Me esgueirei pela parede até chegar ao chão. Eu chorava copiosamente. Tenho certeza que muitos olhos estavam direcionados a mim mas isso não me importava. Só Eva me importava naquele momento.
Sinto alguém me abraçando e percebo que é Drake. Logo depois ele me levanta e me conduz até um quarto. Quase duas horas depois um senhor vestido com roupa cirúrgica entra.
- Primeiro-ministro, eu sou o dr Lewis. Eu operei a sua noiva.
- Como ela está, doutor? Minha mulher ficará bem? Ela terá alguma sequela? - desandei a falar.
- Acalme-se, por favor. Sua noiva está bem. - suspirei aliviado. - Conseguimos conter a hemorragia. Se o socorro tivesse sido um pouco mais demorado, não poderíamos ter salvo a vida dela. Mas graças a Deus, a srta Eva está bem. - ele deu uma pausa dramática.
- O que foi, doutor?
- Infelizmente não pudemos salvar a vida do bebê, senhor. - uma lágrima solitária rolou pela minha face. - Eu sinto muito. Os golpes deferidos no ventre não nos possibilitou salvar a vida do seu filho, primeiro-ministro. - abaixei a cabeça e senti os braço de Drake por cima dos meus ombros. - Mas a sua noiva é jovem, daqui a seis meses poderão tentar novamente.
- Obrigado, doutor. - Drake fala.
- Daqui a mais ou menos duas horas ela vem para o quarto.
- Por que? - perguntei preocupado.
- A srta Eva está na sala de recuperação. Não se preocupe. Bom, já vou. Qualquer coisa é só chamar. - assenti.
Pedi a Drake que avisasse a família de Eva e procurasse saber da polícia se já haviam encontrado Diana. Grace chegou me trazendo roupas limpas. Tomei um banho e conversamos sobre o estado de Eva. Eva chegou ao quarto ainda desacordada. Colocaram-na na cama. Depois de um tempo peço que Grace vá pra casa descansar, preciso ficar com minha vida sozinho. Vieram a mãe e o irmão de Eva. Disse que ficaria com Eva e cuidaria dela, a mãe um pouco inconformada pois queria ficar lá foi levada por Andrew mas sob protestos.
Estou olhando pra Eva, velando seu sono. De repente ela começa a gritar e a chorar desesperadamente.
- Eva, meu amor. Acalme-se. - acaricio seu cabelo, ela deve estar tendo um pesadelo.
Enfim Eva se acalma. Peço pra uma enfermeira chamar o dr Lewis.
- O que hove, primeiro-ministro?
- Dr Lewis, Eva estava chorando e gritando. Será que ela não está sentindo dor?
- Não, senhor, até porque ela está bem medicada. A srta Eva foi sequestrada, então, provavelmente ela está sonhando e revivendo os momentos que passou.
- Não tem como evitar isso?
- Infelizmente não. Mas se ela voltar a ficar agitada, acalme-a. Isso a fará se sentir melhor.
-Sim, doutor. Obrigado. - Falo me sentindo derrotado, por ser incapaz de fazer minha mulher se sentir melhor.
Eva já estava desacordada há quase três dias mas o médico disse que aquilo era uma reação normal, principalmente de defesa psicológica que Eva estava se impondo.
- Vá pra casa, Joshua. - A mãe de Eva tentava me convencer. - Eu fico aqui com Eva. - dá uma pausa. -Meu filho, você está aqui há três dias. Vá descansar. - começo a chorar arrasado - Oh, querido, não chore.
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O primeiro ministro e eu (finalizado)
DragosteEva e Joshua são pessoas totalmente diferentes, com marcas em suas vidas que preferiam esquecer. Pessoas desacreditadas no amor que se encontram e se apaixonam à segunda vista.