Capítulo 19 - Eu

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Há alguns dias, Mag havia me ligado pedindo-me que eu fosse com ela fazer um exame de gravidez. Ela estava com suspeitas mas não queria contar ao marido antes de ter certeza. Nós fomos juntas e esperamos a confirmação. Ela seria mamãe pela terceira vez. Mag não sabia se ria ou se chorava, apesar de tomar anticoncepcionais, quis Deus que mais um bebê viesse e sua felicidade era nítida a quilômetros de distância. Foi então que eu a ajudei a fazer uma surpresinha ao sr Russell. Fomos ao shopping e compramos sapatinhos de tricô e espalhamos por toda a casa, penduramos balões com dizeres: "Parabéns, papai", "Bebê outra vez", "Chego já". Claro que o sr Russell ficou super animado, ele amava imensamente Mag e aquele bebê era mais uma bela confirmação do amor e da linda união deles. Eu e Mag tínhamos nos tornado amigas em tão pouco tempo, nos entendíamos tão bem como se nos conhecêsseos há tempos. Combinamos de nos encontrar pra sua primeira consulta pré-natal, o sr Russell não poderia ir com ela, então me oferici.

Eu estava no shopping e resolvi fazer uma brincadeirinha com o Josh, comprei uma lingerie bem sexy, como estava próximo ao natal, optei por uma vermelha de renda

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Eu estava no shopping e resolvi fazer uma brincadeirinha com o Josh, comprei uma lingerie bem sexy, como estava próximo ao natal, optei por uma vermelha de renda. Liguei pra ele mas como Josh não atendeu, deixei uma mensagem de voz.

Olá, primeiro-ministro. Está com saudades de mim? - sorrio. - Porque eu estou com muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuita saudade do senhor. Estou ansiosa pra vê-lo mais tarde. Tenho uma surpresinha que você vai adorar. - mais risos. - Beijos.

Eu estou super atrasada para encontrar Mag, então apresso o passo. O telefone toca e vejo que é Mag. Quando vou atender, só dá tempo de dizer alô, logo percebo um carro vindo disparado em minha direção. Paro sem reação e vejo meu fim passar diante dos meus olhos. Quando está bem perto de mim, o carro desvia e eu continuo parada, parece que o ar fugiu dos meus pulmões. Solto o celular e entro em choque. Algumas pessoas vem ao meu encontro, me acalmam. Só escuto palavras soltas: "Quem dirige desse jeito?", "Aquilo é um maluco.", "Você está bem?". Volto a mim e tento sorrir agradecida mas o medo de quase ter morrido não sai de mim. Tento me recompor, alguém me entrega o celular. Agradeço e saio atordoada.

Enfim chego ao consultório já pedindo desculpas mas ela me tranquiliza dizendo que o médico está atrasado. Mag me acha pálida demais, finjo que foi porque não comi nada desde que acordei. O médico enfim chega e a consulta é bem longa, perguntas sobre sua alimentação e sua rotina são o começo de tudo, depois fomos colher sangue e por fim, a ultrassonografia. Tudo isso me faz esquecer minha experiência de quase morte. Ri do meu exagero. Mag chorou e tive vontade de fazer o mesmo quando ouvi o som dos batimentos cardíacos daquele pequenino ser. Mag pediu pra gravar num cd para que o papai também pudesse ouvir e se emocionar. A gestação era de seis semanas. Descobri que um bebê de seis semanas está do tamanho de uma ervilha. Fiquei tão boba quando Mag disse que eu seria a madrinha do bebê, só faltei dar gritinhos e pular de tão eufórica. Mentira, não faltou nada, eu pulei e dei gritinhos de felicidade.

Saímos do consultório médico super empolgadas. Fomos almoçar e Mag começou a contar que queria dar uma grande festa em comemoração à vida. Eu achei super engraçado, mas Mag estava tão feliz que queria muito festejar. Eu propus uma festa a fantasia e ela ficou eufórica, adorou a ideia.

O primeiro ministro e eu (finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora