Capítulo 15 - O primero-ministro

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Eu estava naquela festa odiando o fato de ter que suportar a presença de Diana. Eu já não aguentava mais aquela mulher desagradável. Meus pensamentos só me levavam a Eva. Olhava todo o tempo pro relógio, ansioso por vê-la e tê-la em meus braços. Comecei a devanear sobre a noite que passaríamos juntos, sentindo seu sabor, seu cheiro, sua pele, seu toque delicado sobre mim. Depois das solenidades, corri pra casa. Não levei Diana, pedi ao Drake para cumprir essa infeliz tarefa.

Quando cheguei em casa, fui direto pro quarto saciar a minha sede de Eva. A vi dormindo na cama, tão bela , tão doce. Sentei-me ao seu lado e fiz carinho em seus cabelos. Ela parecia muito quente, aquilo não era normal. Fui até a cozinha procurar por Grace. Mesmo tarde, ela ainda estava acordada.

- Grace, o que Eva tem? - falei preocupado.

- Ela não estava se sentindo bem.

- Parece estar com febre. - suspirei. - Amanhã logo cedo, leve algo pra ela comer na cama e remédios também.

- Certo, querido.

- Obrigado. Boa noite, Grace. - ela assentiu sorrindo.

Fui pro quarto, tomei um banho e deitei ao lado de Eva. Queria abraçá-la mas não fiz. Ela já estava quente, não queria que ela ficasse com mais calor. Fiquei a olhando até que adormeci.  No outro dia, acordo cedo, vejo que Eva ainda está com o sono pesado, então vou tomar banho. Volto pra cama e fico olhando-a, na verdade admirando-a. Eva é tão bela e doce, um verdadeiro bálsamo na minha vida corrida e tediosa. Enfim, a vejo se mexer, ela abre um pouco os olhos e eu sorrio pra ela. Eva parece sem forças e esboça um pequeno sorriso.

- Bom dia, minha linda. Sente-se melhor? - ela parece não entender. - Achei você bem quente ontem quando cheguei e perguntei à Grace.

Ela apenas me olha e Grace entra no quarto trazendo uma bandeija.

- Trouxe um mingau pra nossa doentinha.  Antitérmico pra sua febre e pra dor.

- Obrigada, Grace. - enfim Eva consegue dizer. - Mas não estou com fome.

- Mas você vai comer. - falo com um pouco de autoridade e logo me arrependo . - Você precisa melhorar logo, minha linda. - ela me presenteia com um pequeno mas belo sorriso.

Comeu tudo e tomou os remédios. Grace saiu e fiquei na cama com Eva, queria fazer todo carinho que eu pudesse pra ela se sentir bem. Eu comecei a contar coisas engraçadas de quando era criança. Ela só me escutava, as vezes esboçava um pequeno sorriso, não parecia com muita força pra nada. Resolvi não ir trabalhar naquele dia e ficar apenas com ela. Sei que era loucura, afinal sou o primeiro-ministro mas mandei Drake desmarcar todos os meus compromissos alegando que eu estava doente. Eva estava deitada em meu peito e aquilo me dava uma grande satisfação. Eu estava adorando estar ali com ela, conversando, sendo carinhoso e cuidadoso. Ousei pensar que eu poderia ser feliz outra vez. De repente, escutamos vozes exaltadas vindo de fora do quarto. As vozes se aproximavam cada vez mais.

- Eu vou ver o que é isso. - falei me levantando da cama.

Antes que eu pudesse sair, a porta do quarto se abre. Era Diana. Olhei pra ela extremamente enraivecido, como ela se atrevia a invadir minha casa e pior, o meu quarto. Quando dei por mim, Eva estava ao meu lado.

- Eu sabia que você estava de caso com essa fulana. - esbravejou Diana.

- Vá embora, Diana. Você não foi convidada e está invadindo o meu quarto. - tentei ficar calmo.

- Desde que os meus olhos te viram, eu sabia que você era uma vagabunda. - vociferou olhando pra Eva.

- Saia daqui agora. - A minha calma foi pro espaço.

O primeiro ministro e eu (finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora