Capítulo 7 - O primeiro-ministro

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Simplesmente não acreditei quando Eva me disse aquela frase: Você não devia começar algo que não tem intenção de terminar. Fiquei a olhando sem entender, estava até certo ponto chocado. Eva não era mesmo uma mulher comum. Ela não tinha medo de dizer o que pensava, ela não se preocupava com aparências mas com a essência. Ela não se preocupava com convenções, era mais importante ser verdadeira. Passando um tempo com ela, a observando, aprendi a admirá-la. 

Ela saiu da minha casa naquela noite e eu me arrependi por não ter "terminado o que comecei". Ri de mim mesmo. O que eu sentia por Eva era puramente físico, eu a queria e meu "amigo" ainda mais. Aquele beijo e suas palavras provaram que ela também me queria. Desde que voltei a ver Eva depois daquele beijo um ano antes, não conseguia me deitar com mulher nenhuma. Meus encontros sempre eram desmarcados, aquilo me parecia muito estranho mas eu simplesmente não conseguia ver nenhuma mulher a não ser ela. Mas naquela noite eu precisa aliviar tudo o que eu estava sentindo. Liguei pro velho e bom amigo Drake.

- Cara, eu preciso de uma mulher agora.

- Você tá maluco? Me acordou pra isso? - ele berrou. - Tome um banho frio e vá dormir.

- Drake, eu preciso agora, você não tá entendendo. - berrei de volta.

- Você é um filho-da-puta. - gritou e depois suspirou. - Chegue ao apartamento em meia hora. - falou mais calmo.

- Valeu, cara.

- Vai tomar no seu ... - desliguei antes de ouví-lo terminar.

Em meia hora eu estava no apartamento e uma mulher me esperava, ela veio com conversa mole mas nem olhei pra cara dela. Eu precisava me aliviar porque Eva tinha me deixado no ponto e eu, idiota, acabei antes de sentir o gostinho daquela deusa. Quando eu gozei, foi o nome dela que eu falei. Eva. Falei sem perceber, foi quase automático. Eva. Eu já estava completamente louco. Louco por ela. Por Eva. Eva.

  Assim que amanheceu tive uma ideia. O sr Smith viria a noite muito tarde e eu pediria a Eva que fosse buscá-lo no aeroporto, ela teria que levá-lo até 10 Downing Street, eu esperaria por ela no meu gabinete cheio de preservativos. Se ela aparecesse, ótimo, se não, iria deixar essa história pra lá ou deixaria a vida criar suas próprias oportunidades. Ri de mim mesmo, eu só podia estar ficando maluco.  

Durante todo o dia ignorei Eva, quando ela entrou no meu gabinete não a olhei nos olhos, apenas respondi ao seu cumprimento. A noite fui a festa beneficente que a empresa de Diana havia promovido, foi um verdadeiro tédio, tinha que sorrir quando não estava com vontade, tive que posar para fotos com Diana quando me sentia péssimo ao lado dela. Eu só pensava naquela bela morena de curvas sensuais, lábios macios e deliciosos, olhos sedutoramente expressivos. Argh, Eva me deixaria maluco mesmo. 

Enfim, a festa acabou e eu fui direto até 10 Downing Street. Entrei sem ser visto por ninguém além da segurança do local. Fui direto pro gabinetem acendi apenas uma luminária e peguei um copo de conhaque, sentei na minha cadeira e me virei para grande janela que dava uma vista maravilhosa para o jardim da propriedade. Me lembrei da minha adorada mãe, Beatrice, ela adorava cultivar flores e por diversas vezes a ajudei no nosso belo jardim. Eva me arranca dos meus pensamentos quando entra no gabinete e começa a esbravejar, xingava alguém com palavras nada apropriadas. Será que ela estava se referindo a mim?

Ela ficou extremamente constrangida quando me virei. Aproximei-me dela e seu perfume inundou o meu ser, eu a queria, eu precisava senti-la, era uma necessidade que ía além da física. Exclarecemos o que queríamos e enfim terminei o que havia começado na minha casa.

Beijar Eva me levou ao êxtase, sentir seu sabor, sentir prazer com ela foi algo incomensurável. Enfim tinha a minha bela morena nos braços. Quando chegamos ao ápice do prazer, me deitei sobre ela e simplesmente não consigo controlar a minha respiração, estou com a cabeça entre seus seios e ouvindo o seu coração, isso me causa um prazer que não sei explicar. Talvez nem eu mesmo entenda. Minha respiração se normaliza e me levanto mas sem sair de cima dela. Olho Eva nos olhos, depois vou descendo meus olhos por toda a extensão de seu corpo. Ela é maravilhosamente linda.

O primeiro ministro e eu (finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora