Capítulo 32 - O primeiro-ministro

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Voltamos de Paris e dei o maior espaço que pude a minha amada. Ela estava preocupada com a cirurgia do pai, com receio desse reencontro e pra piorar as coisas Diana continuava posando de mulher traída e estava dando entrevistas pra tudo que é revista sensacinalista. Eu precisava brecar logo Diana antes que as coisas piorassem, e eu não falava por mim ou por minha vida política mas por Eva, não queria que ela sofresse. Eu amava Eva demais e não queria que ela se sentisse desconfortável por estar ao meu lado, não queria que ela se arrependesse de estar comigo. Eva era tudo pra mim e se fosse preciso jogar pro alto minha carreira política por ela, faria sem titubear. 

Estava louco pra pedir Eva em casamento mas estava me contendo. Tinha medo que ela achasse que eu estava apressando demais as coisas e pedisse um tempo, ou simplesmente me deixasse. Eu sei que não tinha necessidade de pensar essas coisas, afinal, Eva já havia me dado razões de sobra pra confiar em seu amor por mim. Mas um homem apaixonado as vezes é inseguro.

Resolvi ir visitar seu pai no hospital, não a avisei. Mais uma vez tentei driblar os jornalistas. Cheguei e bati na porta. Eva que abre e fica parada me olhando. Eu sorrio mediante a sua surpresa.

- Não posso entrar, amor? - falei de maneira sedutora.

- Claro, amor. Desculpe. Entre. - abre mais a porta e eu entro.

- Oi, cunhado? - o irmão de Eva fala todo animado me constrangendo diante dos pais deles.

- Como vai, Andrew? - falei sério tentando não transparecer meu nervosismo.

- Bem, cunhado. - seu sorriso era debochado.

- Pai, mãe - Eva chamou os pais e pegou minha mão. - Esse é Joshua Style.

- Nós sabemos quem ele é, filha. - o pai de Eva não parecia muito feliz com a minha presença.

- Muita prazer, sr Reynolds. Fico feliz que sua cirurgia tenha sido bem sucedida. Faço votos para uma rápida recuperação. - tentei falar de maneira confiante.

- Obrigado, Joshua. Mas não precisa ser tão formal, afinal o mundo todo sabe que Eva é sua namorada. - falou de forma ríspida e me pegou desprevinido, quando tentei falar. Eva se antecipou.

- Papai! - Eva o repreendeu.

- Isso aqui vai ser divertido. - falou o irmão  de Eva rindo.

- Andrew Reynolds! - a sra Reynolds tomou a frente da situação. - Sr Style, - olhei pra ela - perdoe meu marido, ele se preocupa muito com Eva. O senhor deve saber que devido a nossa intolerância, afastamos Eva de nós e a fizemos sofrer, nunca me perdoarei pelas lágrimas da minha filhinha. - ela suspirou mas continuou. - Obrigamos nossa filha a ficar noiva de alguém importante e achamos que isso era para felicidade dela. Nos arrependemos amargamente, mas apesar de tudo ela nos perdoou. Porque apesar de tudo que fizemos contra ela, Eva é uma menina de bom coração e sempre quis nos satisfazer- Olhou para Eva e sorriu tristemente. - Então, Eva, se você está com o primeiro-ministro só para nos agradar, esqueça isso. Vamos respeitar qualquer escolha sua, filha.

- Obrigada, mãe, - Eva disse e  olhou pra mim, nesse momento meu coração esfriou. - mas estou com Josh porque o amo. - sorri pra Eva porque meu coração ficou quente novamente com aquelas palavras.

- Sr e sra Reynolds, amo muito a sua filha e prometo que a farei imensamente feliz. E se ela chorar ao meu lado, garanto que será de felicidade - vi Eva sorrir e aquilo era mais uma confirmação do seu amor por mim, aquele sorrioso me encorajou. - Gostaria de aproveitar esse momento e pedir ao senhor, sr Reynolds, a mão da sua filha em casamento. 

Todos a minha volta ficaram sem reação. Ninguém falava nada, aquele silêncio já estava ficando constrangedor. Queria chacoalhar Eva mas me contive.  Todos saíram da inércia quando escutaram batidas na porta.  Andrew foi abrir.

O primeiro ministro e eu (finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora