Capítulo 43 - O primeiro-ministro

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Eu fiquei muito chatedo com a reação de Eva quando mencionei sobre os preparativos para o casamento. De repente lembrei tudo o que aquele idiota do Harry Smith tinha falado. Por que Eva não queria casar comigo logo? Eu a amo mais que tudo no mundo. Foi em meio a essa discussão que Diana entrou no nosso quarto com uma arma em punho. Eu temi pela vida de Eva. Eu não suportaria pedê-la, ela era a minha vida.

- Eu sempre disse que essa daí era uma vagabunda, mas você não me deu ouvidos, Joshua.

- Diana, - fui me aproximando dela mas me detive quando ela levantou mais a arma em minha direção. - vamos conversar com calma. Por que você não larga essa arma? Somos pessoas civilizadas. - ela gargalhou parecendo uma louca.

- Civilizadas? Essa daí é civilizada? - parou de rir na hora e olhou pra minha Eva com fúria.  - Uma pessoa que toma o noivo de outra não é civilizada.  Você tem noção do que fez comigo,  sua vagabunda? - vociferou.- Você estragou os meus planos. Uma vadia como você vai ser a esposa do primeiro-ministro e não eu. - gritou ainda mais. - Eu não vou permitir.

Olhei para Eva e ela permanecia parada no mesmo lugar, seus olhos pareciam perdidos, sem foco.

- Diana, se acalme. - Eu falava pra ela tentando manter a calma mas meu coração estava disparado, temia pela vida de Eva.

- Fale, sua vadia, você acha justo eu deixar você viver e ser a esposa do primeiro-ministro?- Meus olhos não saíam mais da direção de Diana, eu estava estudando um meio de tirar dela aquela arma. Ela gargalhou virando a cabeça pra trás. - Está vendo, Joshua, ela também não acha justo.

- Diana, me dê essa arma. As coisas vão piorar pra você.  Vamos conversar só nós dois.  Deixe Eva ir embora.

- Não.  - ela gritou transtornada.  - Eu vou matar essa vadia. 

Diana apontou a arma pra Eva . Não. Perder Eva seria a morte pra mim. O que seria de mim sem essa mulher que trouxe luz à minha vida, que conferia alegria aos meus dias, que dava paz à minha alma cansada e um amor que eu não merecia. Eu preferiria morrer a viver sem o som de sua risada, sem a luz dos seus olhos, sem o seu toque reconfortante, sem o seu cheiro de flor. Eu morreria por Eva e morreria feliz e agradecido por toda felicidade que ela me proporcionara.

No mesmo instante que ouvi o disparo, me joguei na frente do amor da minha vida. Senti meu braço queimar, caí no chão mas antes bati a cabeça em algo que fez meus olhos fecharem em meio a dor. Não lembro de mais nada, a escuridão me engoliu. 

Minha cabeça doía demais. Era uma dor insuportável. Abri mus olhos e vi Eva bem à minha frente, seus olhos eram ansiosos.

- Amor! Você se sente bem? -  balancei a cabeça positivamente, aquele simples gesto fazia minha cabeça martelar. - Está tudo bem. Você só foi atingido no braço. Amanhã você já poderá ir pra casa.- balancei a cabeça positiamente de novo, não queria deixar Eva ainda mais preocupada - Nunca mais faça nada igual, Josh. Sem você eu morro. - levantei a mão para afagar seu rosto.

- Sem você, eu que morro, meu amor. - Eva me brindou com um lindo sorriso e beijou-me. - Diana foi presa? - assentiu. - Então podemos agora preparar o nosso casamento? - ela gargalhou.

- Com toda certeza, meu amor. - adormeci novamente.

Não sei quanto tempo dormi mas quando acordei, minha cabeça não doía mais. Olhei ao redor e não havia ninguém no quarto comigo. Levantei meu tronco e sentei na cama. Onde poderia estar Eva? Ouço uma porta se abrir e vejo sair do banheiro Eva com seus longos cabelos molhados. Ela me vê e sorri.

- Meu amor, - tocou minha mão e me beijou a face. - faz muito tempo que está acordado? - neguei com a cabeça. - Você sabe como eu demoro no banho, tentei ser super rápida com medo de você acordar antes que eu acabasse e veja só, você acordou antes de eu acabar. - sorriu.

O primeiro ministro e eu (finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora