O primeiro ministro e eu (finalizado)

Capítulo 16 - Eu

Aquelas palavras de Diana me acertaram em cheio. Eu era uma amante. Tudo bem ento sem compromisso, puramente sexual. Eu sabia que entre ele e Diana não havia nada além de um acordo. Mas eu não pensei que fosse me apaixonar e aquelas palavras que ela cuspiu, me doeram na alma. Perguntei pra ele o que eu era , mas o silêncio foi sua resposta. No fundo eu sabia que era para Joshua Style simplesmente uma boa transa e como não me sentir mal com isso?

Fui pra casa e me entopi de remédio. O meu celular tocou e eu corri ansiosa pra atendê-lo, pensando ser Josh preocupado comigo. Era Grace querendo saber se eu estava melhor. Desse relacionamento torto, o melhor de tudo era Grace. Ela era como uma mãe pra mim, como uma mãe deveria ser e em tão pouco tempo que eu a tinha na vida, eu tinha certeza que eu a queria pra sempre perto de mim. Eu amava Grace e sabia que ela me amava também.

No outro dia acordei super cedo ainda sentindo um pouco de dor pelo corpo, porém tinha que ir trabalhar. Tomei meu banho, me arrumei e fui pra cozinha. Assim que saio do quarto, escuto um parabéns pra você. Kim estava cantando com um cupecake com uma vela em cima. Meu Deus, eu tinha esquecido meu próprio aniversário. Eu sorri e a esperei cantar tudo.

- Faz um pedido, amiga. - fechei os olhos e fingi que estava pensando em algo pra desejar. Abri os olhos e soprei a velinha.

- Obrigada, Kim. - falei sem um pingo de animação.

- O que foi, Eva? Aconteceu alguma coisa? Não me esconda nada, Eva Reynolds. - eu tinha que rir, minha amiga desandou a falar.

- Não se preocupe, Kim. Não é nada. Só estou doente mesmo, nada além disso.

- Ai, amiga, mas você melhorou? Ontem fiquei muitompreocupada. 

- Sim, Kim. - sorri a abraçando. - Obrigada, amiga querida. - ela me olhou como procurando algo errado e como não encontrou abriu um lindo sorriso.

- Toma o meu presente.

- Ah, Kim, não precisava.

- Abre, sua chatinha.

Abri o equeno embrulho e fiquei encantada com lindas pulseiras.

- Eu amei, Kim. Obrigada. - a abracei novamente. - Vou colocá-las agora mesmo. - meu telefone tocou, quando olhei era um número não identificado, mesmo assim atendi.

- Alô. - ninguém falava nada. - Alô. - silêncio. Desliguei e olhei pra Kim. - Deve ser engano.

Coloquei as puleriras que Kim tinha me presenteado. Fomos à 10 Downing Street. Josh entrou na ante-sala e eu fiz questão de cumprimentá-lo mas não o olhei diretamente nos olhos. Em poucos instantes o sr Russell entrou.

- Bom dia, meninas. - respondemos o cumprimento. - Eva, preciso que você vá ao aeroporto pegar um representante legal do governo português, ele virá examinar um possível acordo entre os dois países. 

O sr Russell me deu todas as instruções e eu segui. Foi super rápido, fiz tudo que me foi atribuído e voltei à 10 Downing Street. Já era quase hora do almoço. Ao entrar na ante-sala, tive uma grata surpresa. Harry estava perguntando a Kim por mim.

- Harry, que surpresa. - ele se virou e me abraçou.

- Eu não perderia seu aniversário por nada. - eu sorri envergonhada. Como eu queria amá-lo, seria tão mais fácil.

- Então, o senhor está convidado a se juntar ao jantar que faremos pra Eva hoje a noite. - olhei pra Kim espantada.

- Que jantar, Kim? - eu estava realmente surpresa.

- Coisa minha e de Grace, você só precisa comparecer. - sorri e olhei pro Harry.

- Esse jantar foi novidade até pra mim. - Harry sorriu encantadoramente.