Capítulo 18 - O primeiro-ministro

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Depois de passar uma noite maravilhosa com Eva, comecei a pensar no que poderia presenteá-la, afinal, eu desejava dar alguma coisa pelo seu aniversário. Mas algo específico.  Como eu pude ter sido tão estúpido e esquecer uma data tão especial? Peguei meu celular e pesquisei sobre a flor da cerejeira. Eva já havia demonstrado interesse por essa flor e pensei em dar algo relacionado a ela. Mas seria muito difícil conseguí-la nessa época do ano. Então me lembrei sobre a história de Bach que Eva tinha me contado e pesquisei sobre a história e a sinfonia na clave de fá. O que me intrigou foi sobre a clave de fá, ela também pode ser chamada de Clave Masculina, pois confere ao instrumento um son mais grave. Era esse o presente.

Logo cedo de manhã saí e deixei Eva dormindo. Quando cheguei ao gabinete tinha um trabalhinho pra Drake providenciar até a hora do almoço. Ele iria arrancar os cabelos de raiva mas faria isso pelo seu amigo.

- Você quer o quê? - esbravejou.

- Precisa isso, Drake? 

- Como você quer que eu consiga uma pessoa pra fazer uma joia até a hora do almoço? - falou todo indignado.

- Vá em todas as joalheirias se for preciso, mas eu quero isso pra hora do almoço. - ele balançava a cabeça negativamente.

-É impossível.

- Tudo bem, Drake. Pedi pra fazer você fazer porque pensei que você fosse competente o suficiente para lidar com isso, mas já que não é... - apelei pro ego dele, sempre dava certo.

- Me dê esse maldito desenho. - entreguei-lhe a figura da clave de fá.

Ele saíu soltando fogo e eu me acabando de rir. Quando faltavam poucos minutos pra hora do almoço, ele volta com uma caixinha aveludada e me entrega.

- Olhe aí a minha competência. - coloca a caixinha na minha mesa. - Mas eu pensei que estava aqui pela minha competência na política e não em servir o namoradinho. - eu ri.

- Que mal humor.- ri pegando a caixa.

Quando abri a caixinha, achei belíssimo. Tinha certeza que Eva iria gostar muito.

- Ficou muito bonito, Drake.

- Lindo foi o preço. - deu um sorrisinho irônico.

- Não importa, meu amigo. Vale a pena. - Sorri satisfeito. 

Guardei a caixinha no bolso do terno e liguei pra Eva.

- Alô.

- Oi, Eva. Estou indo pra casa almoçar com você. - falei todo animado.

- Não estou em casa. Estou almoçando com um amigo. - foi um balde de água fria, fiquei em silêncio. - Alô?

- Que amigo? - falei  irritado.

- Bem... - não precisa nem dizer, eu já sabia.

- É o Harry Smith não é? 

- Sim.

- Bom almoço. - desliguei com ira.

Eu sou mesmo um idiota. Querendo fazer uma surpresinha pra ela e o que Eva faz?Sai com aquele, aquele, puta que pariu, pensei. Bati na mesa com raiva.

- Não precisa ficar assim. Você entrega mais tarde. - olhei pro Drake e minha vontade era esganar um.

- Vamos almoçar. - falei impaciente.

- Não posso. Prometi a Mag de ir almoçar em casa hoje. Ele disse que tinha uma suspresa pra mim.

- Até você, Drake. - ele riu com claro descaso.

O primeiro ministro e eu (finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora