O primeiro ministro e eu (finalizado)

Capítulo 33 - Eu

Josh realmente me pedira em casamento e meu coração transbordava de felicidade. O amor da minha vida, realmente, me amava. Ele queria que eu ficasse ao seu lado pra sempre. Edward apareceu e quis estragar a nossa alegria mas ele não passava de um inseto incoveniente. Mas o medo tomou conta de mim quando vi Josh partir pra bater nele. Não tive medo por Edward mas a minha preocupação era que aquilo prejudicasse o meu Josh. Harry chegou e presenciou a cena desagradável, ele acabou demitindo o Edward.Se eu dissesse que tive pena do Edward estaria sendo hipócrita.

Harry educamente se despediu de todos e me olhou com aqueles olhos tão carinhosos, mas eu sabia que ele estava triste porque eu estava com o idiota do Josh, como nós o chamávamos.

- Harry? - o chamei, ele se viru pra mim e eu fui até ele. - Obrigada. - o abracei carinhosamente.

- Eu espero que você seja muito feliz, Eva. Pena que não é comigo que você está mas com ele. - ele sussurrou em meu ouvido.

Olhou nos meus olhos e deu um sorriso triste. Eu amava Harry como um amigo mais que querido, não queria que ele sofresse. Harry acenou para todos e saíu.  Quando a porta se fechou, Andrew resolveu fazer graça mas dei um belo tapa em sua cabeça pra ele parar de se fazer de engraçadinho. Começamos a brigar do mesmo jeito de quando éramos crianças mas não com raiva um do outro, nós estávamos nos divertindo com aquilo. 

- Já chega vocês dois. - papai acabou com a nossa briguinha. Olhou para Josh, seus olhos eram indecifráveis. - Joshua?

- Senhor, me desculpe. Raramente resolvo as coisas no braço mas aquele filho da... - pigarreou - quero dizer aquele Cameron ofendeu Eva e eu não podia permitir. - Josh desandou a falar.

- Joshua? - papai falou alto e com autoridade. Danou-se, pensei. - Nunca lhe ensinaram que quando os mais velhos falam, os mais jovens devem se calar?- Andrew gargalhou e eu o olhei de cara feia.

-Desculpa, senhor. -Aproximei-me de Josh e segurei sua mão.

- Você veio aqui hoje e pediu a mão da minha filha. -  Josh assentiu. - Devo confessar que não estava muito seguro quanto você ser o homem certo pra nossa Eva mas depois de vê-lo defendê-la dessa forma, vejo que nossa filha estará em boas mãos. Eu dou meu consentimento. - abruptamente Josh soltou minha mão  e segurou a do meu pai.

- Obrigado, senhor. O senhor não se arrependerá. - ele chacoalhava a mão do meu pai com um sorriso gigantesco.

- Calma, rapaz. Não sou eu quem vai aceitar seu pedido, Eva ainda não disse sim.

Josh se virou pra mim e eu sorria de orelha a orelha.

- É claro que é sim. - disse e o abracei, ele disse que me amava. Eu não poderia estar mais feliz.

- Temos que comemorar. - falou mamãe. - Assim que seu pai se recuperar, vamos fazer um jantarzinho em nossa casa, não é, Christopher?

-Sim, querida. E Joshua... - papai o chamou. - Se eu não estivesse nessa cama, eu mesmo teria quebrado a cara daquele filho da puta.

Todos gargalhamos. Josh foi embora do hospital. Fiquei lá todas as noites que papai tinha ficado internado, Grace trazia roupas limpas e levava as sujas. Quase duas semanas depois, papai voltou pra casa e tentaram me convencer a voltar mas não conseguiram, eu não queria ficar longe do Josh. Foi meu pai saindo do hospital e eu indo pro orfanato que sempre frequentava. Fazia muito tempo que eu não ia lá, desde que tinha viajado pra viver em Paris.

Assim que cheguei, as crianças me cercaram. A saudade era grande, muitos abraços e beijos. Brincamos muito, contei histórias de princesa como elas sempre me pediam. De repente uma menininha chamada Hanna levanta  a mão.