Uma semana depois do ocorrido, tentei seguir minha vida normal. Afinal convivi anos sem meu pai, mas dessa vez era bem diferente, né? Agora, eu tinha em mente de que não iria vê-lo.Eu já havia reencontrado meus amigos, fiz alguns trabalhos de escola que perdi. Era quinta-feira de manhã, estava me arrumando para ir a escola. Minha mãe já tinha voltado em seu estado normal, revoltada comigo e com a vida.
– Já estou indo – disse a ela.
Sai de casa.
Justin já me esperava ali, na porta de casa, para irmos a escola. Ainda estávamos colocando os assuntos em dia. Ele contou das coisas que fez, e, eu das coisas que fiz em Buenos Aires.
– Então, o que de mais irado você fez por lá? – Justin perguntou.
– Nada de mais, só no ultimo dia em que fiquei lá, conheci uma garota. Ela era gentil.
– Olha, olha, você interagindo com as pessoas – brincou.
– Ah, eu não tinha ninguém para conversar, e ela foi bem legal comigo, não correu e nem me julgou como algumas pessoas aqui, fazem.
– Entendo – ele disse e o silencio reinou... então eu prossegui. passei até sua frente, parando-o em seguida.
– O que houve? – perguntou confuso.
– Eu preciso te contar uma coisa.
– Pois fale – seu tom foi curioso.
– Eu estou pensando em me mudar para Buenos Aires. Quero ir morar com a minha vó – contei.
– E a escola? – ele disse – E sua mãe? Suas coisas, você ? o que pretende fazer com isso tudo.
– Escola eu arrumo outra por lá, minha mãe eu não sei, depois que as coisas voltaram ao normal, ela também voltou a ser normal comigo, cê sabe, gritaria, " você não faz nada nessa casa", enfim.
– Consigo entender. Então vá, se você achar que é o melhor.
– Então, eu quero ir... mas não quero deixar vocês – lhe dei um abraço, ele retribuiu.
– Não se preocupe. Pense, estamos quase acabando o colegial, depois disso cada um vai seguir sua vida, ninguém vai ficar junto, você está tendo a chance de tentar sua vida em outro lugar, não desperdice – ele disse. Sai de seus braços e o olhei – Vamos ficar feliz por você, se você também estiver feliz e bem, onde quer que esteja.
– Obrigada por entender – agradeci.
– Amigos são pra essas coisas – Seguimos o caminho para a escola.
Assim que chegamos, estavam Ally e Mani nos esperando.
– Demoraram, já estava pensando em entrar sem vocês – Mani.
– Ah, nos perdemos em uma conversa no meio do caminho – Justin.
– Aé? E o que estavam conversando? – Ally.
– Vamos entrar, senão, ficamos de fora, porque a Sra. Keith é chata. – felei.
Assim seguimos para a sala, onde a aula foi um tédio, Keith era nossa professora de português: a mais chata.
– Eai – Ally disse cutucando Mani e Justin chamando atenção para o grupinho.
– O que? – perguntei.
– Nos conte o que vocês estavam conversando. – Ally disse.
– Ah, ok – olhei para Justin.

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CASH MONEY
Fiksi PenggemarÉ engraçado como as coisas fazem perfeito sentido somente após as derrotas. É estranho quando aparecem anjos que nos ajudam a superá-las. É imprescindível o momento em que nossas vidas se entrelaçam, mudando todo o curso de nossos caminhos. Nunca pu...