NOTA DA AUTORA: Certo, esse capítulo provavelmente pode explicar tudo que está acontecendo com a Crystal e também o porque do Fen a tratar como se há conhecesse. Aconselho que leiam pois é importante.
8 anos antes do acontecimentos, 10 dias antes.
Me agachei para colher a pequena flor perto do penhasco, era incrivelmente linda e perfumada. Não sei como Deus conseguiu, mas trato aquilo como uma das melhores coisas que ele já fez em menos de 7 dias.
(Nota: pra quem não lembra, Deus criou o mundo em 7 dias *-*).
É para minha mãe que irei dar, ela sempre cuidou de mim e agora já está mas que na hora de cuidar dela também. Corro para pequena casa de campo onde minha mãe está, normalmente cozinhando ou lavando roupas. Abro a porta violentamente, mas sou jogada de lado por alguém naquela sala.
- Presta atenção! Você poderia ter morrido! – exclama meu irmão, Leon.
Leon carregava um facão enferrujado, realmente eu poderia ter morrido se ele não tivesse me empurrado.
- Pra quê esse facão? – pergunto.
- O papai tá pedindo pra corta um galho de árvore, senão o galho cai e o teto já era.
- Mas ele está trabalhando!
Leon põe a mão na minha cabeça, em seguida bagunça cada milímetro do meu cabelo, acompanhado por um sorriso.
- Eu já fiz isso antes, vai ficar tudo bem...
- Tom e Thomas ainda estão lá em cima? – pergunto.
- Sim! Viciados naquele jogo, depois reclamam das notas baixas...
Tom e Thomas são meus irmãos gêmeos por parte de pai, mas a mãe deles morreu durante o parto e eles vieram morar aqui, cada um tem 9 anos. Leon, é o mais velho e tem já 11 anos, é o mais responsável entre nós e também o mais inteligente. Já eu, 4 anos e mais nova, sou meio burrinha e mesmo assim há mais esperta.
Subo para procurar minha mãe, mas quem encontro são meus irmãos Tom e Thomas, jogando alguma coisa nos GameBoy.
- Thomas, você viu a mamãe? – pergunto.
- Vi, ela está lá fora – disse ele sem tirar os olhos do jogo. – Por quê?
- Quero dar essa flor pra ela – mostro a flor amarela acima do console, fazendo com que ele perca a partida.
Thomas não costuma se estressar quando faço isso já que sou pequena e ele entende que só quero um pouco de atenção.
- Hum... bem bonita – aponta ele para a flor, deixando o console de lado.
- É? Obrigado! E você, Tom, o que você achou da flor? – pergunto.
Tom me ignorou, mas Thomas chutou a canela dele que fez ele voltar para realidade.
- AI! Mas por que você... ah, flor bonita – disse ele admirando a pequena flor.
- Obrigado, agora vou dar pra mamãe, tchau!
Saiu correndo do quarto, desço rapidamente as escadas em direção ao campo cheio de mulheres pendurando suas roupas. Chamam aquilo de "a reunião das roupas", todas as mulheres do meu vilarejo penduram suas roupas em um só lugar, por isso todas elas tem identificação. Passo pelas nuvens de lençóis, as mulheres reclamavam comigo porque vez ou outra eu sem querer deixava cair o lençol. Foi quando eu vi aquela mulher de olhos azuis, pele um pouco morena e cabelos castanhos que tanto admiro.
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Até onde você for...
RomanceQuase 12 anos se passaram desde a morte "acidental" da mãe de Crystal. Desde então, ela muda constantemente de cidades por causa de seu pai, que parece estar sempre com medo das autoridades. Em uma parada em Nova York, Crystal conhece a pessoa que m...