– Leon, espera! – grito por impulso.
– Ele está planejando matar alguém!
Nunca pensei que Leon podia ser alguém violento, não estou assustada é só que...nunca imaginei esse "lado" dele. Tento pensar em algo para ele parar.
– Leon! Ele pode ter informações! – digo quase desesperada.
Ele está pressionando o pescoço do cara com muita força contra a parede.
– Do que adianta matá-lo se o chefe dele ainda está por aí?!
O cara está quase se entregando até que Leon frouxa as mãos em torno do seu pescoço. Ele cai no chão de mármore do hospital tossindo bastante.
– Desgraçado... – xinga ele com a voz rouca – quem você pensa que sou?
Leon estava prestes a responder, mas hesitou. Ele apenas ajustou seu jaleco e permaneceu com aquela expressão irritada. Dou um passo para trás, seguro novamente o suporte de soro e me arrasto para fora da recepção. O cara fica impressionado quando me vê.
– Por que... – começa ele. – Porque essa garota está com você?
Não entendi a pergunta, mas Leon me manda para trás antes mesmo que eu me aproxime. O cara tem tatuagens que cobrem completamente seus braços, seu cabelo tem tons de cores berrantes e as botas vem até os joelhos, seu olhar mostra que seu humor não está muito bom hoje. De repente, Leon me entrega o celular.
– Ligue para casa, é o primeiro número.
– Espera! – digo – Não temos que ligar primeiro para polícia?!
– Só ligue!
Obedeço e então alguém atende no terceiro toque.
– Alô?
– A-alô? Quem está falando? – pergunto.
– É o Thomas, sinto muito meu irmão foi trabalhar no momento e...
– Não! Thomas sou eu, Crystal – digo, mas logo bloqueio o som e pergunto para Leon: – O que falo para ele.
– Diga só para vir ao hospital, agora! – exclama ele.
Então, Leon entra em combate para deter o cara de fugir. Volto para o celular.
– Thomas, preciso que você e os outros venham para o hospital agora.
– Tá, mas você...
– Explico mais tarde! Agora venha.
Desligo o celular. Mas quando menos percebo Leon já fez o cara desmaiar.
Thomas chega ao hospital alguns minutos depois trazendo todos consigo, menos Hendry e Iris.
– Esse hospital precisa de uma segurança mais reforçada - disse ele. - Passei fascinho e... o que você fez?!
Todos encaram o corpo inerte do cara no chão, Leon já está o fiscalizando a algum tempo, mas para quando vê todos reunidos.
– Esse cara... - disse ele, ofegante - vamos levar para casa.
Tá, isso não estava no plano. Íamos obrigá-lo a falar tudo e depois mandaríamos para delegacia.
– Leon – o chamo. – Não foi isso que combinamos.
– É, eu sei.
Parecia loucura. Na verdade, isso é loucura. Thomas se aproxima do corpo e analisa os batimentos.
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Até onde você for...
RomanceQuase 12 anos se passaram desde a morte "acidental" da mãe de Crystal. Desde então, ela muda constantemente de cidades por causa de seu pai, que parece estar sempre com medo das autoridades. Em uma parada em Nova York, Crystal conhece a pessoa que m...