2 dias depois
Voltamos para casa depois de dois dias. Sinceramente, já estava com saudades dos meu brinquedos e da minha doce cama, não que o tempo da qual passei com Fen não foi precioso. Nesse tempo a gente brincou até demais.
Quando chegamos em casa, papai estava largado no sofá e não se importou com nossa chegada. Mamãe me vestiu com calças apertadas e um casaco por cima, apesar de estar fazendo calor.
- Olá, Gary – disse minha mãe secamente.
- Olá, Rose – cumprimentou meu pai. – Foi bom por lá?
- Até demais.
Todos nós subimos. Costumava dormir sozinha mais por algum motivo mamãe me mandou dormir no quarto de Leon, não gosto de dormir lá, é sempre cheio de coisas ou anotações complicadas e isso me impede de estudar ou de brincar.
Há noite, Leon me mandou dormir depois que fiz os deveres de casa. Como obedeço ele, fui me deitar. Nessa hora Leon também foi dormir mas ele me chamou depois que apagou às luzes e se jogou na cama.
- Crystal?
- Oi... – sussurro enquanto esfrego os olhos.
- Olha... – ele fez uma pausa antes de voltar a falar – não confie mais no papai, está bem?
- Por quê não confiar mais no papai?
- Porque o papai está com problemas e às vezes ele precisa mentir, por isso não confie nele!
- Tá legal...
Eu não gosto de mentiras, mas sentia que Leon também estava mentindo. Não queria saber o motivo da raiva do meu pai, mas agora quero saber.
Terça- Feira, 13:24 h
Mamãe estava na cozinha fazendo cup cakes para sobremesa, Leon estava no quarto estudando e Tom e Thomas estavam finalmente brincando de alguma coisa sem ser um videogame.
Pego vários cubos de diferentes cores e vou moldando algum objeto de acordo com meu pensamento. Normalmente fico no meio da sala, mas descobri que o baú vazio no canto da sala é o melhor lugar pra se ficar, se manter aberto com um pedaço de vassoura ou algo parecido. Eu estava lá me divertindo pra caramba, quando de repente ouço a porta sendo arrombada.
Meu primeiro pensamento foi: "oh não, papai chegou! Se ele me ver aqui dentro vai me bater". Foi então que puxei o cabo de vassoura velho para dentro do baú e fico espiando pela fresta do baú.
- Queridaaaa! Cheguei! – papai parecia estar muito feliz, mas vejo um outro cara um pouco esquisito e com rosto bem jovem.
- O que quer, Gary? – ouço a minha mãe da cozinha.
- Nada! Só vim te apresentar um amigo... venha, Michael! – ouço os passos do garoto indo para cozinha.
- Ah, olá. Seja bem vin... ei, largue essa faca! Gary, ensine esse menino boas maneiras!
- Mas ele vai ensinar boas maneiras... para você, meu amor.
Minha mãe grita, mas aos poucos a voz dela vai se distanciando como se estivesse... perdendo a vida. Meu irmão passa correndo por mim (isto é, pelo baú onde estou), Tom e Thomas aparecem depois mas um a um são levadas para sala e obrigados a ficarem de joelhos. Foi aí que o tal de Michael trouxe um corpo de uma mulher, estava coberto de sangue.
Mas não era um corpo qualquer... era o corpo da minha mãe. Ele jogou ela na frente deles, Leon, Thomas e Tom começaram a chorar em volta do corpo dela pedindo para voltar. Meu pai logo apareceu com um sorriso malicioso nos lábios.
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Até onde você for...
RomanceQuase 12 anos se passaram desde a morte "acidental" da mãe de Crystal. Desde então, ela muda constantemente de cidades por causa de seu pai, que parece estar sempre com medo das autoridades. Em uma parada em Nova York, Crystal conhece a pessoa que m...