Mundo Paralelo [FINALIZADA]

72 - Sangue Herrera

Alguns minutos antes...

Marichelo: você está indo longe demais com essa implicância Enrique, ele é o pai do nosso único neto – observando David sentado no sofá com o olhar grudado na TV.

Enrique: esqueceu do que ele fez? Pois eu não, ela trabalhou e estudou durante uma gravidez toda, e onde ele estava? – ela bufou o encarando, já tiveram essa conversa antes e sempre parecia que davam voltas e não saiam do mesmo impasse.

Marichelo: ele não sabia do filho... – se calando ao ouvir alguém batendo na porta e foi abri-la pensando que era Alfonso nem se dera o trabalho de perguntar quem era, mas ao abrir a porta recebe uma coronhada na cabeça desmaiando.

Lucca: boa tarde família feliz – entrando na casa e seu olhar caiu sobre David – olha só se não é o Herrera mirim – rindo.

Enrique: fora da minha casa! – indo em direção ao Lucca, sendo parado após o mesmo apontar a arma para ele.

Lucca: caladinho aí coroa, só vim buscar o moleque para passear um pouquinho – David encarou o avô negando com a cabeça.

Megan: vamos logo com isso Lucca, se o Alfonso abrir a caixa vai descer e nos matar! – alisando a barriga que já estava com 6 meses.

Lucca: eu disse para você ficar no maldito carro Megan! Se acontecer alguma coisa a você ou ao nosso filho não sei o que sou capaz de fazer! – a puxando pelo braço a levando até a porta quando recebe um golpe na cabeça – que merda é essa coroa? – atirando na perna de Enrique que estivera armado com uma tora de madeira se perguntando como ele não sentiu.

Megan: machucou? – ele a encarou com raiva.

Lucca: vá logo para o carro, eu pego o moleque! – Megan andou rapidamente até o carro e ficou observando a casa.

David: meu pai vai matar você! – sendo puxando abruptamente do sofá e sendo jogado no jardim, dando um grito ao sentir uma dor insuportável na perna direita.

Lucca: e onde está seu paizinho agora? – o puxando do chão e ao avistar Alfonso posiciona a arma na cabeça de David que tremia pela a forte dor na perna e sua morte eminente.

Alfonso: eu mandei você largar o meu filho está surdo? – tentando controlar ao escutar a risada do outro, e o observando tirar o gorro da cabeça, Lucca estava muito diferente com a cabeça raspada num corte militar.

Lucca: não está feliz em rever um velho amigo Herrera? Ah esqueci você não tem amigos, não hesitou ao me entregar – negando com a cabeça.

Alfonso: está drogado – trocando a arma de mãos na sua costa e Megan arregalou os olhos ao perceber este movimento de mãos – eu só falei a verdade Lucca!

Lucca: você me condenou a passar anos naquele inferno! – afundando a arma nos cabelos de David – a vida foi muito boa com você Herrera, uma bela mulher e um filho que é a sua cara, vai ser uma pena manchar este lindo rostinho com sangue.

Alfonso: Lucca estou pedindo para largar o meu filho, não quero partir para outro tipo de negociação – posicionando o indicador no gatilho da arma.

Anahí não tirava os olhos do rosto do filho, ele estava sofrendo muito, a expressão facial dele implorava por ajuda e ela se sentia tão impotente não podendo mexer um músculo para ajudá-lo, quando algo chama a sua atenção a porta de um carro se abre e Megan sai de dentro dele.

Megan: LUCCA! – o grita para alerta-lo sobre a arma de Alfonso, mas sua reação teve o efeito contrário, ela foi a distração que ele precisava, assim que Lucca voltou sua atenção a Megan, Alfonso atirou no braço dele o fazendo soltar a arma no jardim – Merda! Estancada ao lado do carro sem saber qual rumo tomar.

Lucca tentou pegar a arma, mas David com dois pulos ignorando a dor na perna a alcançou, a pegando e mirando na cabeça dele.

Anahí: não faça isso Joshua David Portilla de Herrera! – ele a encarou com uma expressão séria e fria que nunca vira antes nos olhos dele, ele sentia ódio e destravou a pistola preta como já fizera em games.

David: ele merece morrer! – balançando levemente a arma o olhar de Megan era de puro desespero como a situação se invertera assim?

Lucca: você é um perfeito filho da puta igual ao seu pai! – rindo tentando se levantar, mas seu corpo caiu com tudo no chão ao David bater com arma na sua cabeça.

Anahí: larga essa arma agora! Isso não é um game David! – ele riu torto e estava com um olhar em fúria que ela conhecia bem, mas em outro rosto, o verde estava gélido ele nem de longe parecia uma criança que tinha acabado de completar 11 anos e recusara uma festinha de aniversário por não ter amigos.

David: se eu não matar este verme quem vai? – Alfonso que esteve o tempo todo congelado ao ver o que nunca na sua vida sonhara, seu filho de apenas 11 anos ameaçando matar alguém com uma pistola na mão direita, piscou duas vezes se livrando do seu estado de choque.

Alfonso: eu – caminhando até o filho o abraçando fazendo com que o mesmo afundasse o rosto em seu tronco, atirando logo em seguida duas vezes na cabeça do Lucca.

Anahí tremeu ao ouvir e ver o sangue lavando o rosto do homem que até alguns minutos atrás ameaçara a vida de seu filho, mas um grito a fez tremer novamente era Megan, ela correu até o corpo de Lucca o abraçando.

Alfonso: suma daqui Megan antes que faça o mesmo com você! – ela levantou o olhar com um ódio mortal.

Megan: você vai lamentar este dia Alfonso, a morte vai ser algo pelo qual vai desejar e não irá ter – serrando os punhos.

Alfonso: está me ameaçando? – erguendo a arma, mas se refreou ao ver a barriga dela.

Anahí: não faça isso, ela está grávida esta criança não merece pagar pelos pais que tem – tirando a arma gentilmente das mãos dele.

Megan: mãe, porque o pai ele nunca terá – levando a mão a barriga novamente – está avisado Alfonso!