71 - Reencontro de Amigos

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Alfonso buzinou freneticamente ao sair da garagem, sem se dar ao trabalho de diminuir a velocidade, os repórteres presentes abriram caminho para o jaguar preto que saia em alta velocidade rumo a ponte do brooklyn que separava New York de New Jersey, bufando e buzinando durante quase todo o trajeto de pura tortura, os outros carros o estava atrasando o fazendo chegar ao seu destino em 2hrs.

David que estava ainda analisando o que falavam do pai pela TV, reconheceu o barulho do carro e quando olha pela janela ver o jaguar parar abruptamente na porta da casa dos seus avós, os pneus rangeram contra o asfalto em protesto, correu até a porta e saiu correndo ao encontro do pai que o abraçou forte caindo com ele na grama, estava chorando tamanho era o alívio.

Alfonso: obrigado meu Deus – beijando a cabeça do filho várias vezes, e logo teve a sensação de está sendo observado e estava.

Marichelo: Alfonso, quanto tempo. – caminhando até o emaranhado que era ele e David no gramado. – e finalmente vou conhecê-lo formalmente. – o observando se levantar com um pouco de esforço por estar com David agarrado a ele.

Alfonso: é um prazer conhecer a senhora – a cumprimentando com um aperto de mãos.

David: papai é verdade que o senhor matou aquela mulher? – o encarando assustado com as imagens que viu pela internet e que não chegaram a ele por acaso.

Marichelo: vamos conversar sobre isso lá dentro. – Alfonso caminhou até o carro batendo a porta e acionando o alarme, logo em seguida seguindo Marichelo, assim que entrou na sala seus olhos a vasculhou e seu coração palpitou ao perceber sua ausência.

Alfonso: onde está Anahí? – Marichelo riu torto, tentando disfarçar que não sabia do passado deles na casa da árvore.

David: ela foi para árvore, estava chorando depois que recebeu uma caixa. – abaixando a cabeça e encarando as mãos.

Alfonso: irei até lá ver como ela está – caminhando até a porta principal, mas uma voz grossa o parou.

Enrique: aprendeu usar as portas Herrera? – ele fez uma careta e voltou uma atenção ao sogro adotando a postura mais normal possível.

Alfonso: claro que sim – dando um sorriso forçado, David encarava do avô para o pai e Enrique franziu o cenho ao notar a ironia na voz dele.

Enrique: é impressionante como continua sendo aquele bad boy inconsequente do colegial – Alfonso soltou um suspiro pesado, precisava se controlar ele era o pai da sua mulher e avô do seu filho.

Alfonso: queria muito aproveitar este momento nostálgico, mas preciso encontrar a Anahí. – disse abrindo a porta e saindo sem dar tempo de resposta, Enrique bufou como a filha pudera se envolver com um tipo daqueles?

Alfonso contornou a casa e fora caminhando rapidamente até a casa da árvore quando nota outra caixa aos pés a árvore, logo abaixo do primeiro degrau da escada que dava acesso a casa da árvore, ele tirou a arma da cintura e colocou o pente de munição a destravando, olhando para todos os lados, mas não havia ninguém se agachou e pegou a caixa subindo os degraus rapidamente, ao chegar ao topo solta um suspiro de alívio ao vê-la dormindo entre as almofadas.

Alfonso: meu amor – tirando o cabelo dela do rosto, beijando o pescoço, sorriu ao perceber o corpo dela todo respondendo ao seu toque um sorriso nasceu nos lábios dela.

Anahí: Alfonso... – ele sorriu consigo mesmo, ao observar ela abrir os olhos preguiçosamente pensara ser um sonho, mas ao notar a presença dele ali arregala os olhos e se senta na cama subitamente – o que está fazendo aqui? – levando a mão à boca ao notar que ele estava armado – que merda é essa?

Alfonso: se acalme, eu estou aqui para proteger você e o nosso filho – ela estava com os olhos grudados na arma e ao notar ele a largou no chão – a arma foi necessária.

Anahí: eu acabo de ler que você matou uma menina e agora aparece armado, não é lá muito tranquilizador – ele riu da expressão do rosto dela.

Alfonso: meu amor eu não matei a Julie – caminhando devagar até ela, a trazendo para se sentar ao seu lado com uma mão e contou a ela tudo o que ocorrera naquela maldita noite, o remorso no dia seguinte e como fora difícil se desprender das drogas ao voltar da Inglaterra e o quanto Maite o ajudou, ela piscou digerindo tudo o que acabara de ouvir.

Anahí: eu não sei se te abraço ou dou um belo chute no seu saco! – encarando o chão ainda sem reação – e porque está armado? – estava confusa, mas decidira confiar nele, mas aquela arma tão próxima a ela era amedrontador.

Alfonso: a Megan ameaçou o David – ela o encarou cética – recebi uma caixa com várias fotos dele, até aqui em New Jersey, e encontrei outra caixa logo aqui embaixo, não sabe o medo que sentir de não encontra-la aqui. – abaixando a cabeça e puxando os cabelos, não queria demonstrar fraqueza na presença dela, mas estava insuportável, mas as lágrimas o traiu quando sentiu o abraço dela.

Anahí: vai ficar tudo bem – levantando a cabeça dele e enxugando o rosto dele com o polegar – eu te amo – selando seus lábios nos dele demoradamente, mas assim que se separam seu olhar caiu sobre a caixa branca ao lado do tatame – abra! – ele a encarou confuso, mas logo notou ao que ela se referia, ele rasgou a caixa e quando a abriu tinha outro cartão postal da Inglaterra com a seguinte frase: "velhos amigos estão com saudades, onde está a sua Xerox agora?"

O olhar dele gelou, sentiu uma dor enorme no peito um grito ecoa lá em baixo, Anahí fora só uma distração e ele caiu! Desceu a escada o mais rápido possível, correu até a frente da casa paralisado ao presenciar a cena, Anahí sentiu seu coração diminuir no peito, não estava acreditando no que seus olhos estavam vendo.

Marichelo estava desmaiada na porta de casa, seu pai estava ofegando segurando a perna que sangrava e David estava os encarando tremendo com uma arma apontada para cabeça dele, um homem que a segurava estava com o rosto coberto por uma touca preta, mas seus olhos eram muito familiares a Alfonso, que disfarçadamente destravou a arma.

Alfonso: Larga o meu filho, Lucca!

Mundo Paralelo [FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora