07 - Quero que seja minha!

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A noite Alfonso estava estranho, calado e só respondia as questões que Anahí perguntava a ele, não queria ferir ela, era tão doce e amável, quando queria lógico, mas sentia que não devia fazer aquilo e ao mesmo tempo se sentia em dívida com Maite.

Anahí: está arisco hoje, aconteceu alguma coisa? – ele abaixou a cabeça negando – está bem, se caso quiser contar estou aqui ok?

Alfonso: como pode ser tão insuportável e tão doce nestes momentos – rindo fraco.

Anahí: digamos que é meu charme – jogando os cabelos para trás o fazendo rir.

Alfonso: eu discutir com a Maite hoje, detesto quando ela quer me manipular, já a conheço e sei quando está armando alguma além do que me permite saber – ela o encarou o encorajando a falar mais – ás vezes dar vontade de estrangular ela – amassando a almofada o que fez Anahí arregalar os olhos.

Anahí: isso desconte sua raiva – ele começara a esmurrar a almofada até que bate com a mão na "cama" o que o faz gemer de dor por ser de madeira – machucou? – pegando a mão dele e olhando.

Alfonso: você deveria se afastar de mim – ela o encarou – o mundo a qual pertenço é podre demais para você, não a quero nele.

Anahí: admitir isso lhe faz sentir melhor? – ela ainda segurava a mão dele e ele a trouxe para os lábios e beijou – eu conheço bem seu mundo, por isso não falo com você no colégio, e nem nas ruas, somente aqui – ele a encarou.

Alfonso: toparia enfrentar toda esta sujeira para viver algo comigo? – fazendo um carinho no rosto dela.

Anahí: somos de mundos completamente diferentes e penso que nunca poderemos ter algo além do que temos – se afastando dele e sentando no canto.

Alfonso: você tem medo de sentir, prefere se esconder atrás dos livros, se sente protegida se escondendo de tudo e todos – se aproximando dela – me dê uma chance Anahí, nem que ninguém mais saiba, nem que sejamos dois estranhos lá fora, mas aqui quero ser seu – segurando o rosto dela com uma mão – quero que seja minha.

Se aproximando dela e a beijando, um beijo calmo, doce que fez Alfonso querer mais e Anahí se sentir nas nuvens munca havia beijado alguém e sentir a língua dele acariciando a sua, era a melhor sensação do mundo, e se permitiu sentir, porém assim que ele se afastou ela levantou rapidamente.

Anahí: preciso ir – não dando tempo dele a alcançar, passou pela janela e entrou em seu quarto fechando a janela, aquilo não deveria ter acontecido.

Alfonso ficara na "cama" por uns 10 minutos, tentando assimilar tudo o que havia acontecido ali, estava confuso e depois daquele beijo e dela sair da forma que saiu o deixou ainda mais intrigado e fora para casa.

Assim que chegou em casa se assustou ao encontrar Maite deitada na sua cama, lendo uma revista adolescente.

Maite: chegou mais tarde hoje, algum avanço? – passando a página da revista e ele a encarou sério e jogou a mochila em cima dela que gritou – está ficando com raivinha maninho?

Alfonso: porque você não vai infernizar a vida do seu namorado? Sai do meu quarto! – tirando a camiseta para entrando no banheiro.

Maite: ela não está lhe dando brecha, ou você está perdendo a capacidade de conquistar garotinhas virgens – falando da cama num tom mais alto para ele escutar.

Alfonso: não diria isso a alguém que tirou a virgindade das suas três amigas – aparecendo na porta rindo – e por sinal, acho melhor esquecer a Anahí, acho que ela não gosta de mim – não iria contar a Maite do que acontecera, não a queria o enchendo o saco.

Maite: não tenho amigas, e é lógico que aquela coisa gosta de você, até porque se não gostasse não iria suportar ficar com você por tanto tempo – passando a página.

Alfonso: já mandei sair do meu quarto! – entrando no chuveiro e tomando banho e quando saiu ela ainda estava lá – está com problema de audição ou o que?

Maite: está irritadinho demais, está dando pra trás agora? Resolveu adotar a ratinha? Só não esqueça que sou ótima em dessecação de ratos – soltando um beijinho para ele e saindo o deixando sozinho e com muita raiva.

Na manhã seguinte Anahí estava dispersa e sentar ao lado dele não ajudava em nada, já estava enlouquecendo guardando aquilo tudo para si, e passou um bilhetinho para Dulce a avisando que queria conversar com ela na biblioteca no horário do almoço, precisava falar com alguém antes que enlouquecesse de vez.

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