49 - Espelho

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A secretária passa novamente toda a situação que ocorrera no colégio, sentia uma dor enorme no peito, e o olhar de Alfonso sobre ela não ajudava muito.

Anahí: estou indo para aí, imediatamente – desligando a ligação.

Alfonso: o que aconteceu com o David? – ela estava juntando os papéis rapidamente da mesa, e não respondeu – Anahí me responda, por favor!

Anahí: porque não vá brincar com seus brinquedinhos Alfonso? – ela a encara confuso e ela rir fraco – do tipo morena de olhos azuis – ele bufa em responda

Alfonso: não estou acreditando nisso – passando a mão pela cabeça – ele é meu filho caramba, dá para parar com isso?

Anahí: não, não dá, não quero aquela mulher perto do meu filho – ele solta um longo suspiro e Maite que estava no celular solta um assobio.

Maite: este garoto é mesmo um Herrera, brigou no colégio. – Anahí a encara e trinca os dentes de raiva.

Anahí: como sabe disso? – Maite leva a mão direta a boca e rir

Maite: devo contar maninho? – ele bufa – digamos que desde o jantar, o Alfonso ficou muito preocupado com a segurança do filhinho – Anahí abriu a boca em formato de O e bateu nele, dando socos após socos no peito dele, quando ele a segura pelos braços a contendo.

Alfonso: chega! Eu fiz isso pela segurança dele e pela sua também – ela o encara e bufa, tentando se soltar dele, mas sem sucesso – agora vamos – a soltando devagar.

Anahí: você não pode ir comigo – ele encara Maite que dá um sorrisinho torto.

Alfonso: claro que posso, eu sou um Herrera – ela rola os olhos e já estava cansada de discuti.

Anahí: só irei avisar ao Peter, e iremos – ele concorda e após dez minutos estava na garagem, Alfonso faz um sinal para ela, ele estava encostado num Volvo branco, enquanto Maite ainda falava ao telefone – vamos? – ele assentiu abrindo a porta para ela, que se sentou no banco de trás.

Alfonso: vamos Maite! – ela entrou no carro com um sorrisinho no rosto – conseguiu?

Maite: o que eu não consigo? Avisei ao papai do seu incidente, ele estava uma fera por você ter desaparecido – ele a encara com cara de tédio – e você tem uma palestra daqui a vinte minutos no colégio onde o David estuda – Anahí que estava no banco traseiro os encara assustada.

Alfonso: eu avisei – dando um sorrisinho presunçoso

Anahí: ainda bem que o David cresceu longe de vocês, não iria suportar vê-lo agindo como um manipulador – Maite sorrir encarando a estrada.

Maite: nem precisou, está no sangue! – estacionando o carro em frente ao colégio, e ela sai rapidamente em direção à diretoria, com Alfonso logo atrás um pouco atrasado, pois estava com o pé direito machucado.

David: mamãe – a abraçando, assim que ela entra na sala

Anahí: o que você fez David, o garoto que a secretária descreveu não é você – ele abaixou a cabeça e entregou a ela o relógio com o vidro quebrado, a fazendo engolir o seco – por que você fez isso, olha para suas mãos, esse não é você! – Alfonso parou na porta, observando a cena, juntamente com Maite.

David: ele chamou à senhora de vagabunda, porque não tenho pai – a vontade que Alfonso teve, foi de correr até David e falar a ele que era seu pai, e sair gritando para quem quisesse ouvir que ele era o pai dele, mas quando foi dá um passo, o olhar de Anahí o refreou, David estava tão absorto olhando para sua mão suja de sangue que nem notara a presença dele.

Anahí: você promete nunca mais fazer isso? – ele abriu a boca para protestar, mas ela o cortou – não é com violência que resolvemos as coisas, promete que nunca mais vai fazer isso – ele engoliu o seco e a encarou.

David: eu prometo nunca deixar ninguém causar mal a senhora, nem mesmo com palavras – ela o abraçou, mas logo foram trazidos para realidade, quando a secretária da diretoria a chamou, a mãe do outro garoto saiu da sala a encarando feio, como se ela tivesse uma doença contagiosa.

Anahí: mais tarde conversamos sobre isso – ele assentiu, mas seus olhos desviaram para porta e caíram sobre Alfonso e Maite, o sorriso foi tão instantâneo que não pôde conter – se comporte, voltarei daqui a pouco – ele assentiu, e ela fora para sala da diretora, sentia como se estivesse a beira de um penhasco deixando David com Alfonso, entrando e a porta logo se fechando atrás de si.

Alfonso: o que o rapazinho andou aprontando? – caminhando apoiado na perna esquerda, e na ponta do pé direito, e se sentando na cadeira, e David se sentou ao seu lado.

David: só estava defendendo a minha mãe – juntando as sobrancelhas, trincando os dentes e abrindo a boca, Maite que estava observando tudo se assustou ao ver aquele gesto tão familiar no rosto de outra pessoa, sem ser Alfonso.

Maite: ele é tão parecido com você Alfonso – ambos a encaram ao mesmo tempo, David estava surpreso com o que escutara e Alfonso querendo matar ela somente com o olhar.


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