76 - Cúmplices

821 68 7
                                    


Alfonso: não – tomando o celular das mãos dela – pai, não precisa vim.

George: estarei aí em 40min – encarando para Kristin que estava sentada o encarando perplexa, era como se tivesse levado uma facada nas costas.

Alfonso: como irá chegar aqui em 40min? – fazendo uma careta, enquanto Maite o encarava com um sorrisinho torto.

George: se por acaso não se lembra, tenho um brinquedinho chamado helicóptero, agora preciso ir – desligando o celular.

Kristin: vai para New Jersey? – ele assentiu tirando a camisa e entrando no banheiro – então irei com você!

George: não vai não, você vai ficar aqui – entrando no chuveiro e a vendo de braços cruzados o encarando séria – só irá piorar as coisas se estiver lá, então você fica! – ela rolou os olhos e foi pisando fundo até o quarto.

Maite: o que o papai disse? – rindo ao receber o celular de volta.

Alfonso: que está vindo – encarando a expressão facial dela e negando com a cabeça – do que está rindo?

Maite: digamos que já estava entediada, cansei de brincar com a ratinha e a Megan está se mostrando uma adversária que vale a pena gastar algumas munições – ele bufou perplexo.

Alfonso: tem vidas envolvidas nisso, não estamos mais no colegial – ela colocou a mão na testa fingindo drama e riu em seguida.

Maite: o que torna tudo muito mais interessante, mas você está estragando tudo dando o que a Megan quer, você é um péssimo jogador, perdeu a mão desde quando conheceu a ratinha... – ele franziu o cenho o que a fez rir – quero dizer a Anahí – rindo amarelo.

Alfonso: você é sádica, como pode ver tudo isso como um jogo? – ela encarou as unhas, estava cansativo conversar com Alfonso e se ela contasse o que estava realmente tramando ele não iria gostar e iria acabar estragando tudo.

Maite: vá brincar de casinha com a sua família feliz e deixa a brincadeira para os adultos – saindo do banheiro antes que batesse nele.

Anahí: então foi tudo isso o que aconteceu – terminando de contar a Jamie o que havia acontecido no dia anterior, não estava muito bem por ter que relembrar todo o terror do dia anterior.

Jamie: irei interceder como legítima defesa, mas o Alfonso cansou de brincar de namoradinho perfeito com você? – ela o encarou como se pudesse matá-lo com as próprias mãos.

Anahí: Jamie por favor, agora não estou no clima para suas ironias – ele se aproximou dela segurando o rosto dela entre as mãos e a beijando na testa.

Jamie: desculpe, mas se precisar de alguma coisa me avise – depositando outro beijo demorado na testa dela, quando uma voz grave os fazem se afastar bruscamente.

Alfonso: Maite você enlouqueceu... – parando atrás de Maite – largue a minha mulher Jaime! Mas que merda! – observando Jaime se afastar de Anahí com um sorrisinho torto nos lábios e sua paciência já estava no limite.

Anahí: não sou a sua mulher! – Maite soltou um assobio, o que chamou a atenção de todos para si.

Maite: já entendi estou saindo – caminhando até a porta e puxando Jaime pela camiseta – vamos advogado do diabo – fechando a porta um pouco forte ao sair.

Alfonso: Annie que merda caramba – se sentando na cama – me perdoa?

Anahí: não sou seus brinquedinhos Alfonso, que você brinca quando cansa me coloca numa caixa, mas quando ver o coleguinha brincando o quer só por egoísmo – estava cansada de toda a incerteza que cercava aquela relação, estava cansada de ser sempre deixada sem segundo plano, e para seu total alívio David acordou.

David: mamãe, cadê o papai? – Alfonso se levantou num pulo e fora falar com ele.

Alfonso: estou aqui meu amor, não irei a lugar algum – alisando os cabelos dele.

David: mas o senhor disse que iria embora – franzindo o cenho e encarou a mãe a procura de apoio.

Alfonso: às vezes seu pai fala coisas sem pensar, mas eu amo muito você – levantando o olhar para Anahí – e sua mãe também.

Anahí: vou avisar a enfermeira que você acordou para trazer algo para você comer – ele assentiu e ela se retirou do quarto.

David: ela está chateada – rindo fraco e encarando as mãos – ontem eu agir mal.

Alfonso: não é por sua culpa – se sentando na cama com ele – eu falei algumas coisas feias a ela ontem, e ela está triste – o abraçando.

David: então somos culpados – encarando o pai com as sobrancelhas levantadas – mas sei o que pode a deixar feliz.

Alfonso já iria perguntar do que se tratava, mas o médico entrou com duas muletas para ele e logo atrás Anahí com uma enfermeira carregando uma bandeja com o café da manhã dele.

O médico o ajudou a ficar sentado na cama e o colocou de pé apoiado em Alfonso, enquanto media as muletas para ficarem na altura correta para ele, e assim que a posição ficou adequada ele voltou à cama para comer seu café da manhã, encarando o pai com um sorriso cúmplice.

Anahí: está aprontando alguma – o encarando séria e ele sorriu colocando um pedaço do melão da boca – vai logo falando – tentando conter sorrir também, era muito bom o ver com aquele sorriso travesso nos lábios, muito distante daquele do dia anterior.

David: não é nada – pegando outro pedaço e o colocando na boca.


Anahí: Alfonso... – cruzando os braços e o encarando, mas ele a encarou com as sobrancelhas levantadas.

Alfonso: ele não me contou nada, eu juro – levantando as mãos na defensiva, e ambos voltaram sua atenção ao David que estava terminando de comer sua tigela de melão e tomando o suco.

David: quero ver meu avô – pegando as muletas e descendo da cama – e não estou aprontando nada – encarando de Anahí para Alfonso – onde ele está? – Anahí riu fraco vencida, sabia que ele não contaria nada e abriu a porta para ele o guindo até o elevador para irem ao quarto do Enrique. 

Mundo Paralelo [FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora