04 - Não Tenho Tempo!

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Com o passar dos meses Anahí foi ficando cada vez mais amiga da Dulce, e menosprezando os Herreras com sucesso, o que deixava Maite cada vez com mais raiva e Alfonso cada vez mais fascinado, nunca teve tanto trabalho para conquistar uma garota, até que quatro meses depois apareceu a desculpa perfeita, o SAT.

Maite: você é tão imprestável Alfonso! Nem para simplesmente pegar aquela ratinha insuportável você presta – se sentando na mesa o encarando enquanto ele lia um livro.

Alfonso: está apressadinha demais – passando a página do livro – e que tanto interesse é esse pela Anahí?

Maite: como assim "pela Anahí?" – imitando a voz dele – desde quando aquela coisa tem nome? Está gostando dela! – rindo.

Alfonso: não seja patética Maite! – fechando o livro e se levantando para sair do escritório do pai.

Maite: então aceita uma aposta? – ele se virou e ela riu de forma irônica – 500 dólares pela virgindade dela – dando um sorrisinho falso.

Alfonso: ela mal olha na minha cara, como poderei... pera aí como sabe que ela é virgem? – Maite soltou um suspiro de tédio.

Maite: garotinha que ainda se esconde atrás de uma franjinha, e vive lendo livros sozinha na biblioteca, trabalha a tarde num café, isso não é vida para alguém que tenha uma vida – Alfonso se calou um pouco.

Alfonso: ás vezes você me assusta, sabia? – Maite riu.

Maite: então vai aceitar a aposta? Te dou até seis meses para cumprir a aposta, apenas uma foto de vocês na cama e quinhentos na sua conta – Alfonso olhou o chão – vamos Alfonso desde quando negou um desafio?

Alfonso: aceito, mas aumente para 700 dólares – Maite aceitou e ele riu.

No dia seguinte como de costume Anahí foi até a biblioteca e se sentou num sofá de couro marrom, que ficava num canto mais reservado da biblioteca, pegou um livro sobre filosofia política para se aprofundar um pouco mais antes da aula de ética começar e começou a devorá-lo como sempre fazia.

Anahí: estar perdido senhor Herrera? – Alfonso se sentara ao lado dela, mas ela nem tirou os olhos do livro.

Alfonso: sabe Anahí, preciso da sua ajuda – ela virou uma página do livro, sem nem o olhar – acho que irei levar bomba no SAT e como você meio que estuda muito, poderia me ajudar?

Anahí: não tenho tempo – continuando a ler o livro sem nem o encarar.

Alfonso: nem a noite? – se aproximando mais dela.

Anahí: se você usasse este tempo que desperdiça dando cantadas baratas, e arranjando uma pobre coitada para satisfazer seus desejos sexuais estudando, aposto que estaria pronto para o SAT! – fechando o livro e se levantando, mas ele a segurou pelo braço.

Alfonso: por favor Anahí, pelo menos considere, prometo que não irei fazer nada com você, a não ser que queira – rindo e ela puxou o braço séria – brincadeirinha, vamos reconsidere.

Anahí: está bem, irei pensar, mas tenho minhas exigências – ele a encarou sério e assentiu – ninguém daqui do colégio deve saber, nem a sua irmã entendeu? – ele assentiu – nada de gracinhas, e nem sonhe que vai ter qualquer tipo de chance comigo – ele coçou a nuca – mas como disse irei pensar.


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