O céu lá fora estava lindo, o sol brilhava perfeitamente no horizonte e o chão estava molhado. Olho para a bússola e vou na direção Norte.
Não havia sinal de que algum Ravener estava na quela rua, então seguimos em frente, coração diparado. Não era para eles já estarem nessa área, penso comigo mesma, ou era?Nós viramos a esquerda e fomos reto, procurando não fazer nenhum barulho para chamar a atenção dos horríveis bichos na esquina.
Thomas parecia temeroso e ausente do mundo real, Tamara parecia estar com medo pela primeira vez que percebo, e eu... nem sei o que sinto mais. Desespero? Raiva? Tristeza? Não sei mais o que fazer, sobrou somente nós três Lucy, somente nós três.
Não sei porque, mas fiquei com um hábito de ficar repetindo as mesmas palavras dentro da minha cabeça, acho que é para parecer mais real, pra ver se eu acredito.
Somente nós três.
Quando chegamos na esquina, escuto um barulho vindo de trás, um tiro vindo de onde os Raveners estavam. Eu tinha duas opções de caminhos a se seguir:
1º) Correr o mais rápido possível para a direção oposta ao barulho.
2º) Deixar a curiosidade vencer e ir dar uma olhada no que está acontecendo.
Respiro fundo, indecisa sobre o que fazer, mas... Minha curiosidade vence e saio correndo em direção ao tiro.
- Lucy! Volta aqui! - Grita Thomas.
Não o obedeço e continuo a correr, escuto os passos aprassados do garoto e da minha irmã atrás de mim. Me viro bruscamente e Thomas se choca contra mim. Olho para cima e encontro os olhos azuis dele.
- O que foi? - Pergunto com raiva e sinto um frio percorrer meu corpo quando as mãos dele pousaram na minha cintura.
- Você está correndo em direção ao perigo. - Observa ele enquanto olha atrás de mim.
Me souto dos braços do garoto e volto a correr, o mais rápido que posso, em direção aos Raveners, em direção ao tiro e em direção a maior surpresa que eu poderia ter.
Assim que chego na esquina vejo vários Raveners caidos no chão e o barulho de tiros continuava, parecia uma metralhadora sendo disparada, e também tinha o barulho agonizante do encontro da bala com a cabeça deles.
Os tiros vinha de cima de um prédio, olho para cima e encontro uma garota ruiva em cima de um dos murinhos de proteção, atirando em todas as coisas que se mexe lentamente, e minha surpresa veio a tona, a ruiva era a minha ex melhor amiga. A garota que se dizia apaixonada por mim. Era Cláudia quem atirava.
Minha respiração falha enquando observo a garota com cabelos de fogo. Um grito bem alto de guerra atravessa meus ouvidos e depois mais armas são disparadas, todas vindo de direções diferentes, atingindo os Raveners. Sinto Thomas se aproximar de mim e Tata agarra minha perna.
Lentamente vejo todos os Raveners serem derrotados, todos no chão, sangrando até não haver mais sangue para jorrar. Quando todos eles foram derrubados, as armas se viram para nós, ameaçando nossas vidas. Olho para todas as pessoas que miravam em nós, eram cinco ao todo, um garoto moreno de olhos cor de chocolate com uns 18 anos, uma garota de pele morena, 15 anos e olhos... Vermelhos? Juro que de onde eu olho, os olhos dela são vermelhos, outro garoto, olhos verdes e cabelos loiros, outra garota, loira e olhos azuis, parecia o Thomas em forma feminina, e a última pessoa, a única que conheço, ruiva, olhos verdes, 16 anos, Cláudia.
Ao ver que era eu, Cláudia faz um aceno de cabeça e todos abaixam as armas. Em dez minutos, todas as cinco pessoas que vimos, estavam na nossa frente. Cláudia se aproxima de nós.
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A Epidemia
Science FictionPrimeiro veio os desastres naturais normais, depois veio uma explosão, a quem diz que foi clarões solares outros falam que foi um ataque alienígena, mas a realidade é que foram poucos os sobreviventes e ainda veio a doença, Ravener, esse é o seu...