Acordei com Thomas me olhando de cima. Sorrio, me lembrando do meu sonho, de tudo que vi e descobri.
- Quero te mostrar uma coisa... - Digo me levantando e me sentando de frente para ele.
- Então mostre... - Ele se aproxima de mim e meu coração dispara como todas as vezes que ele me beija.
Seu beijo é profundo e tentador... Me afasto e rio.
- Tenho de te mostrar, mas se você continuar a me beijar, vou acabar preferindo ficar aqui o dia todo...
Ele ri e se levanta.
- Se você o ficasse, realizaria meu maior sonho!
Desta vez, quem ri sou eu. Me levanto, lhe dou um selinho e vou até o guarda-roupa, pego um short e uma blusa verde e vou para dentro do banheiro. Tiro minha roupa e tomo um banho rápido, depois visto a roupa que selecionei e escovo os dentes e o cabelo.
Saio do banheiro e vejo Thomas terminar de vestir a camisa. Assim que saio ele entra e começa a escovar os dentes. Pego uma sapatilha preta e a coloco. Me sento na cama esperando Thomas terminar de se arrumar.
Ele sai do banheiro com o cabelo todo bagunçado. Rio dele e me aproximo.
- Você nunca arruma o cabelo, não?
- Eu não!
- Você deveria cortar um pouco. - Digo pegando uma mecha do seu cabelo e finjo cortar o cabelo dele com os meus dedos em forma de tesoura.
- Era minha mãe que cortava meu cabelo, também acho que está grande demais.
Sorrio e passo os dedos pelo seu cabelo loiro que já chegaram a ultrapassar os ombros.
- Então eu corto, - Olho em seus olhos azuis. - Se você permitir, claro.
Ele sorri e encosta a testa na minha.
- Claro que permito. - Ele solta uma risada. - Que tal cortar agora?
- Mas eu estou com fome! E o café é agora e eu tinha de te mostrar aquilo que lhe disse
Ele pegou um aparelinho no bolso que parecia um celular e apertou alguns botões.
- Agora a comida vai chegar aqui em alguns minutos.
Deslizo os dedos pelo seu rosto, sorrindo.
- Então vai lá e lave esse cabelo! Vou pegar o pente e a tesoura.
Ele vai para o banheiro e vou para a penteadeira, pego a tesoura e o pente e arrumo o resto para poder cortar o cabelo de Thomas. Depois de um tempo, o garoto loiro sai do banheiro com uma calça jeans rasgada e o cabelo pingando e tapando seus olhos como uma cachoeira feita de ouro escorrendo-lhe pelo rosto.
- Sente-se na cadeira, senhor. - Digo fazendo uma reverência de brincadeira e aponto para a cadeira.
Ele ri e se senta de frente para o espelho da penteadeira. Desembaraço seu cabelo e lhe pergunto:
- Quer que eu corte de que tamanho? No ombro? Como sempre?
- Não... Acho que vou querer fazer algo novo... - Ele olha para meu reflexo no espelho. - Novo não, antigo, no estilo porco espinho como quando eu era pequeno.
- Darei o melhor de mim, mas não sei se vai ficar bom.
Começo a cortar os fios dourados, que caiam no chão como de ouro puro. Assim que terminei, ele bagunça os fios de seu cabelo, que estavam arrepiados e macios.
- Ficou bom? - Pergunto meio insegura, para mim, havia ficado diferente, um pouco estranho graças ao fato de eu já ter me acostumado com o cabelo comprido dele.
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A Epidemia
Science FictionPrimeiro veio os desastres naturais normais, depois veio uma explosão, a quem diz que foi clarões solares outros falam que foi um ataque alienígena, mas a realidade é que foram poucos os sobreviventes e ainda veio a doença, Ravener, esse é o seu...