Quando acordei, não vi Thomas em lugar nenhum, pensei em procurar mais, mas ele devia estar no seu quarto, tomando um banho e se arrumando. Ou ele pode estar com a Isa... Balanço a cabeça tentando tirar o pensamento da minha mente.
Troco de roupa e saio do quarto, depois ando sem rumo pelos corredores. Alguns minutos andando pelo prédio, alguém esbarra em mim.
- Desculpa! - Fala George apressado. - Estava indo correndo buscar Sams.
- Sams? - Olho para ele atentamente. - Por que você vai buscar Sams?
- Ordens do Simon. - Ele olha para o final do corredor e depois para mim. - Quer vir?
Balanço a cabeça concordando e começamos a caminhar em direção ao porão.
- Para quê ele quer Sams? - Pergunto mais para mim do que para George.
- Não faço a menor idéia, - Ele dá de ombros - Quando Simon manda fazer alguma coisa, você só obedece ou ficará na cama de coma por uma semana.
- Ele não me parece ser alguém que bate em outra pessoa.
- Você nunca recebeu um tapa dele para saber a força que ele tem, mas você é garota, ele não bate em mulheres, em compensação, Isa não tem dó nenhuma delas.
Continuamos a andar até chegarmos em uma escada que leva para o porão. As escadas eram estreitas e se passava somente uma pessoa de cada vez.
- Primeiro as damas. - Fala George olhando para mim com um sorriso no rosto, depois faz uma reverência.
Começo a decer as escadas primeiro. O caminho é escuro, quase escorrego cinco vezes, não enchergando nem um palmo a minha frente. Quando chego no final da longa escada vejo uma luz no final do corredor. Sinto duas mãos segurarem meus ombros de leve e me empurrem em direção à luz.
- Continue andando... - Fala George atrás de mim.
A luz palida que esboçava o contorno de uma porta era amarelada e fraca, mal iluminava o corredor, então ainda tropeço em algumas coisas no caminho. Chego na porta e entro no que parecia ser uma salinha de paredes cor creme e com mofo.
- Sams! - Digo correndo em direção ao lobo branco deitado no canto do cômodo e o abraço. - Você está bem? Machucaram você? Está aqui a tanto tempo...
- Acalme-se! Estou bem, me deram um banquete no almoço e na janta! - Fala Sams entusiasmado. - Não me machucaram, me trataram muito bem.
- Você come? - Pergunto para ele.
- Claro! Não preciso de comida como vocês, mas se eu quiser, posso comer a vontade. - Ele olha para atrás de mim. - Ei George!
- Ei garotão! - Fala George se sentando no chão ao meu lado. - Simon quer falar com você, vamos?
Sams se levantou e esticou o pescoço para trás de nós dois e depois se volta para George.
- Não está meio escuro lá fora não? Tenho medo da cor preta...
George se levanta e me ajuda a me levantar também e depois vai para perto da porta que leva para o corredor escuro como o breu e liga um interruptor, que ascende luzes brancas por todo o corredor.
- Bem melhor! - Digo aliviada ao ver que algumas partes da escada também se iluminaram. - Agora eu não escorrego mais.
George ri e começa a subir a estreita escada que leva para o térreo. Sams vai logo atrás e eu os sigo. Vejo que as paredes eram brancas e a própria escada era feita de pedra.
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A Epidemia
Science FictionPrimeiro veio os desastres naturais normais, depois veio uma explosão, a quem diz que foi clarões solares outros falam que foi um ataque alienígena, mas a realidade é que foram poucos os sobreviventes e ainda veio a doença, Ravener, esse é o seu...