Atrix

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Chegamos perto de uma nova cidade, precisaríamos atravessá-la para chegarmor a Fainne ao entardecer. Os muros em volta desta minuscula cidade estavam pintados com desenhos toscos como um Sol sorridente, uma flor rosada e etc. Essas pinturas estavam escondidas atrás de marca de arranhões e sangue.

Isa ia na frente em direção ao portão, Thomas estava mais atrás, assim como todos os outros. Olho em volta desconfiada.

- Também está estranhando? - Pergunta Simon.

- Estranhando o quê? - Digo olhando para ele.

- Onde estão os Raveners que tanto assombravam o lado de fora dos muros?

Simon havia lido minha mente, era exatamente o que eu estava me perguntando. Havia sinais de que eles já estiveram ali, mas não estavam mais.

Pego um bastão de baseball na minha mochila, eu havia achado ele no meu quarto um pouco antes de eu descer para o hall de entrada. Olho em volta, prestando atenção em cada coisa que se movimentava. Eu era uma das últimas na fila, Simon ao meu lado, George, Sheyla, Yasmin, Thales e Jasmine atrás. Escuto um grito feminino e me viro para trás e me assusto. Um Ravener estava segurando Jasmine pelos braços e tentava morde-la. Corro na direção deles e acerto a cabeça do Ravener com um bastão. O Ravener cai, morto.

Isa estava parada e olhando, lá da frente, para mim e para o Ravener aos meus pés. Quando ela abriu a boca para falar algo, outro Ravener tentou atacar o grupo. Levanto meu bastão e arranco-lhe a cabeça com a pancada. Vários Ravener vinham em direção ao grupo. Edth, Victor e Thomas pegaram suas armas e começaram a atirar nos monstros.

A garota, que antes estava liderando o grupo, havia travado, não fugia e nem tentava matar os inimigos.

- ISABELLA! - Grito, mas ela não olha na minha direção. Acerto mais um Ravener e vou para perto de George. - Arraste Isa para dentro da cidade e leve os outros junto, eu e os bem armados ali - Brinco apontando para os três com a cabeça. - atrasamos eles.

George concorda com a cabeça, vai em direção à Isa e a arrasta em direção aos portões. Simon remexe na mochila de Thales e pega sua arma, começando a atirar junto com os outros.

Isa acorda seu devaneio e manda todos irem em direção aos portões o mais rápido possível. Todos começam a correr loucamente, menos eu, Simon, Thomas, Victor e Edth, para podermos atrasar os monstrinhos. Derrubei mais um e outro, depois, mais dois, e assim foi, a cada acerto, dando um passo para trás, me aproximando do lugar seguro.

Os guardas nos deixaram entrar e trancaram o os portões, estavamos em uma sala que obviamente fariam os teste para ter certeza de que eramos imunes, os testes não demorariam muito, mas eu ainda tenho um certo medo de agulhas.

- Façam uma fila, quem não for imune e tiver pego a doença, será jogado juntos os Raveners ali fora! - Grita um dos guardas.

Me apoio no taco de baseball, cançada e com os ombros doendo, a adrenalina já estava se esgotando.

- Não imaginei que gostaria tanto do presente que te dei. - Fala Simon apontando para o taco e com um sorriso no rosto.

Olho para o taco, que estava sujo de sangue, eu havia escrito nele as palavras good nigth e várias das poesias que minha mãe me contava quando eu era pequena, para poder parecer com o da minha personagem favorita dos quadrinhos, desenhos e filmes de herói,  Alerquina, ums das maiores vilãs.

- Não imaginei que você tivesse bom gosto. - Digo dando um passo para frente, a fila havia começado a andar. Apoio o bastão no ombro.

Simon estava atrás de mim, ainda com o sorriso no rosto.

A EpidemiaOnde histórias criam vida. Descubra agora