Olhei a minha volta, desesperada, procurando por minha irmã e pelo grupinho que tanto odeio, eles haviam sumido de repente, como um passe de mágica.
- Onde... - Sou interrompida por Felipe, que reaparecera perto da cela de Lucca.
- Agora, que tal aquele prometido derramamento de sangue? -Grita ele para a multidão de Raveners.
Olho para Thomas, desespero em meus olhos e sinto uma onda percorrer meu corpo, parecia que eu já havia visto aquilo, já havia vivido... Uma sensação de dijavú.
- Onde eles foram? - Olho em volta, eu me sentia desesperada, pois eu já havia perdido uma irmã, não queria perder outra, mesmo que eu mal a conheça, ela continuava sendo minha irmã.
Descido não me preocupar, eles davam conta de se cuidar, principalmente La Chef . Olho para Thomas na minha frente, ele me olhava preocupado.
- Por que você está me olhando com essa cara?
- Bem... É que você... Está... Você parece... Desesperada.
- Se você não sabe, eu acabei de perder La Chef de vista e isso é um grande risco! E também tem um guarda querendo fazer um homem de bolinho de carne! - Ele fez uma cara triste, como se magoado. - Desculpa, não queria ser rude com você, é que... Eu estou preocupada para não virar lanchinho de Ravener.
Ele deu um sorriso.
- Está desculpada! Eu também não quero virar lanche.
Os Raveners se aproximaram da jaula, a baba escorria no queixo de alguns deles e outros tentaram arrancar os outros da frente para poder comer primeiro.
- Acho melhor nós irmos embora de mancinho, Lucca não vai ser o suficiente para todos. - Digo baixinho.
- Concordo... - Respondeu Thomas.
Dou um passo em direção a porta que estava atrás de nós e sou seguida por Thomas. Dou outro passo para trás e continuo, tentando não chamar a atenção dos outros presentes no salão. Procuro a maçaneta e abro a porta. O corredor atrás de nós estava vazio e silencioso, parecia abandonado comparado com o grande salão.
Entro no corredor e Thomas fecha a porta atrás de si.- Para onde vamos? - Pergunta Thomas.
- Para... - Olho para as três opções de caminho. - Para aquela direção.
Aponto para a direita e sigo para aquela direção, tentando correr sem cair com os saltos altos que minha irmã havia mandado eu colocar e, também, tentando não fazer barurulho, igualmente sem sucesso.
- Vamos sair daqui? - Pergunta o garoto ao meu lado.
Balanço a cabeça para cima e para baixo, mas pensando bem, tinhamos que pegar nossas coisas no quarto e eu tinha que trocar de roupa ou de sapato pelo ao menos.
- Temos que pegar nossas coisas primeiro.
Viro para a esquerda e depois para a direita novamente e depois para a direita, esquerda, direita, esquerda e esquerda, e assim vai até chegarmos no quarto que estávamos antes. Olho em volta, continuava impressionada com a sua imensidão. Procuro minha mochila e a acho debaixo da cama com meus sapatos. Fecho a cortina e troco de roupa rapidamente. Ao sair da cortina encontro Thomas parado de frente para a porta, encarando-a como se sua vida dependesse disso, ele continuava com as mesmas roupas, mas seus cabelos estavam mais bagunçados, de um jeito fofo, como que falando que acabara de acordar com uma aparência incrível, e isso me irritava um pouco. Olho para a porta para ver o que Thomas olhava, era Cláudia apoiada no batente.
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A Epidemia
Science FictionPrimeiro veio os desastres naturais normais, depois veio uma explosão, a quem diz que foi clarões solares outros falam que foi um ataque alienígena, mas a realidade é que foram poucos os sobreviventes e ainda veio a doença, Ravener, esse é o seu...