Nicolas começou a ajudar meu pai com a poção que ele estava fazendo antes de minha mãe entrar e fazer meu pai errar e destruir a mesa onde o líquido caiu.
- Você acha que está certo? Isso vai mesmo aí? - Fala Julios, olhando para a mistura estranha que Nicolas fez. - Está me parecendo meio... verde, não era para ser vermelho?
- As bordas estão vermelhas! - Reclama Nicolas.
- Era para ser tudo vermelho, não só as bordas.
- E o que pode acontecer se eu quiser que seja verde?
- Vai... - Começa Julios, mas é interrompido por uma mine explosão que acabou sujando os dois garotos de fuligem verde. - Explodir...
Nicolas arregalou os olhos e desatou a rir enquanto Julios fez uma expressão que mais parecia uma careta do que uma cara de raiva.
- Pare de rir! - Fala o garoto de cabelos pretos limpando a fuligem.
- Não consigo. - Fala Nicolas se curvando de tando rir. - Você precisava ver sua cara!
A porta se abriu e Nicolas se calou, havia entrado uma garota, não era minha mãe, mas suas feições pareciam muito com as de Thomas. Ela tinha cabelo longo e ruivo, seus olhos eram castanhos chocolate. Nicolas voltou a ficar com os olhos arregalados e assim que ela olhou em sua direção, ele sorriu e foi até ela.
- Oi. - Fala ele cheio de si. - Como vai?
- Bem... Mas antes eu estava melhor. - Fala a garota, vendo o que Nicolas queria.
- Ai... Doeu tanto assim quando caiu do céu? - Fala o garoto loiro que parecia ter mesmo levado um soco.
A garota ruiva revirou os olhos.
- Não estou a fim de brincadeiras hoje, Nicolas. - Continua a garota.
- Mas Kamily...
- Nem vem. - Ela vai em direção a Julios. - O que aconteceu aqui?
- Nicolas explodiu mais uma experiência. - Explica meu pai.
Kamily olha para os ingredientes atenciosamente e depois se vira para o lugar onde a poção estava antes de pegar fogo.
- O que vocês estavam tentando fazer?
- Nós queriamos... Estavamos... É... Você sabe... - Sussurra Julios sem graça.
- Ele está tentando fazer algo que impressione Maureen. - Fala Nicolas.
- Achei que vocês só tinham se conhecido hoje.
- E foi... - Fala o garoto que agora estava sentado em uma cadeira com as mãos no rosto e de vez em quando bagunçava os cabelos pretos. - Mas... Sinto que a conheço a tanto tempo!
★★★
Meu pai estava andando de um lado para o outro, com roupas comuns, nem parecia o inventor que era. Seu cabelo preto continuava bagunçado e seus olhos percorriam o corredor do galpão. Ele estava na frente de uma porta e com alguma coisa entre as mãos.
A porta se abre e Maureen sai de seu quarto. Ela estava com uma calça jeans azul escuro e blusa vermelha, seu baton também era vermelho.
- Vamos? - Fala ela olhando para meu pai.
Meu pai a olhava com o mesmo brilho que havia constantemente nos olhos de Thomas. Ele fez uma reverência e entregou uma flor branca e ela riu e colocou a flor no cabelo.
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A Epidemia
Science FictionPrimeiro veio os desastres naturais normais, depois veio uma explosão, a quem diz que foi clarões solares outros falam que foi um ataque alienígena, mas a realidade é que foram poucos os sobreviventes e ainda veio a doença, Ravener, esse é o seu...