Código secreto

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Thomas deita e dorme em seu sofá, me deito na cama e pego o diário, tentei lê-lo várias vezes, era impossível, estava escrito em códigos que eu ainda desconhecia, mas que não desistiria até desvenda-lo por completo.

Guardo o livro no armário e me deito na cama de novo, eu conheço aquele código, só que não me lembro de sua tradução. Fleshes de memória viam e se apagavam, não me deixando vê-los ou decora-los.As estranhas letras não saíam de minha memória, mas sua tradução também não vinha.

Acabo pegando no sono e finalmente descobri os significados da linguagem inventada por minha mãe.

★★★

Minha mãe estava sentada na cadeira de couro, escrvendo. Meu pai andava de lá pra cá, procurando alguma coisa.

- Onde está... Onde está? - Julios ficava repetindo para si.

- O que você tanto procura? - Fala Maureen, começando a perder a paciência.

- o alfabeto...

- Você ainda não o decorou?

- Faltam algumas letra. - Ele varre os olhos pela sala. - Você sabe onde está? - Pede ele a Maureen, derrotado.

Ela se levanta rindo e vai até uma das prateleiras e pega um dos pergaminhos e o entrega à Julios, não vi nenhum anel no dedo de minha mãe, então com certeza eles ainda não estavam casados, nem noivos.

- Obrigado... - Ele se senta no chão, perto da porta e começa a ler.

O alfabeto era complicado, assim como as letras no diário.

★★★

Consegui ler o diário como se ele estivesse em português depois do sonho com aquelas letras. Aquela língua era chamada de Warriors, que significa Guerreiros em inglês.

Não li todo o livro, pois Thomas havia acordado e logo o escondi. Nós dois fomos para a porta do porão. Assim que cheguei lá, entrei e encontrei Edth sentada no chão ao lado de Sams, ela estava muito machucada, seu olho estava de um roxo esverdeado, havia um rastro de sangue da boca ao queixo, seu cabelo parecia um ninho de rato colorido, seu corpo estava coberto de hematomas, principalmente nos pulsos.

- O que fizeram com você? - Exclamei.

- Tentaram me fazer falar o que eu estava procurando na sala da Isa, mas estou bem, juro.- Ela se levanta devagar e quando pisa no chão, solta um urro de dor. - T-tem isso também. - Fala ela ainda com uma careta de dor.

Faço ela se sentar novamente e acaricio as orelhas de Sams e me sento ao lado dos dois. Thomas vai até nós e comprimenta Edth, acenando com a cabeça.

- Isa é cruel... - Começa Edth, olhando para Thomas. - Mas você é mais!

Ela tenta se levantar para bater em Thomas, mas cai no chão de novo, fazendo uma careta de dor novamente, provavelmente havia quebrado o pé ou torcido.

- Eu? - Fala Thomas arregalando os olhos. - Acha que eu concordei com isso tudo?

- Não! - Ela continuava com raiva. - Mas contou para Isa que eu estava lá!

Ele olhou para mim, desesperado. Em meus olhos havia as perguntas que também habitam minha língua. Ele não conseguiu entende-las.
Reviro os olhos e me volto para Edth.

- O que houve? O que Thomas fez?

- Ele sabia que eu estava na biblioteca secreta da Isa, procurando a única coisa que ainda faz dela rainha, e ele levou Isa até lá! - Ela continuava olhando feio para Thomas, depois se volta para mim. - Eu iria fazer de você, a rainha, mas ele me atrapalhou!

Olho para Thomas, que ainda estava olhando para mim com os olhos arregaladoa e tristes.

- Não fiz por mal, eu não sabia... - Ele se sentou ao meu lado, mas fora de alcance de Edth, para que está não lhe machucasse. - Isa me chamou para dar uma olhada, mas eu juro pela minha vida, que eu não sabia, não foi por querer!

- Resolveremos isso depois. - Olho para Edth novamente e lhe pergunto: - E o que seria isso? Essa coisa que faz de Isa a rainha?

Quando Edth começa a me dizer o que ela tanto procurava, alguém entra no porão. Lee e Veloch nos agarraram, Lee segurando meus braços com força e Veloch cuida de Thomas.

- Me larga! - Grito para eles e tento escapar, mas nada adianta.

- Você não deveria ter feito isso, - fala Simon entrando no cômodo.

- Simon, mande eles nos largarem! - Fala Thomas, também tentando sair das garras de Veloch.

- Por que eu faria isso?

- Porque eu sou um guarda! Minha obrigação é vigiar Edth.

- Mas você trouxe Lucy junto e pelo que vi, estavam tendo uma conversa bem interessante sobre como retirar minha preciosa irmã do trono.

Que trono? Ela não é rainha de nenhum império ou reino!

- Você está inventando isso. - Falo pra ele e depois falo devar. - Por favor, mande eles me largarem.

- Deixe-me pensar... - Ele andou de um lado para o outro, fingindo pensar no assunto, mas eu sei que ele não está. - Não, a resposta é não. - Ele fala como se fosse fazer um discurso. - Se Isa descobrir... Nem sei o que vai acontecer a vocês, mas como sou muito generoso, prenderei os dois nas minhas jaulas particulares.

Ele pega duas seringas do casaco e espeta uma no pescoço de Thomas. O garoto loiro começa a ficar sonolento e desmaia nos braços de Veloch, que ainda o segura com força em excesso.

- O que você fez com ele? - Grito para Simon.

- Se acalme... - Ele me lança um sorriso frio. - Ele não vai morrer... A menos que eu queira.

Ele se aproxima de mim e começo a me debater, tentando fugir da agulha da seringa. Sinto uma picada no pescoço e fico com sono, minhas pálpebras começam a pesar e durmo, mas antes escuto:

- Eles irão acordar somente em cinco horas, então depois de colocar eles em uma das jaulas peguem comida e se lembrem de coloca-los em jaulas separadas.

★★★

Acordo cercada de grades de ferro, havia uma corrente segurando a pequena jaula no lugar e Thomas estava deitado em outra jaula do outro lado sala, ele ainda estava desmaiado.

Me levanto e vejo um prato com batatas fritas a uma distância suficiente para eu pega-las, vou até o canto de minha prisão e pego umas batatinhas, e vou pegando mais até elas acabarem.

Olho para cima e calculo até onde a jaula iria se eu a levantasse e fosse em direção a Thomas, mas conseguiria alcança-lo se ele também viesse em minha direção, então espero ele acordar, o que não demora muito, mas também preciso esperar ele comer para testarmos e ver se meus cálculos estavam certos, mas não havia um jeito de escapar, as jaulas não abriam.

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