Um Objeto Quando Esquece

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Os amigos não se sabiam Barrocos,

nem ao mundo declaravam guerra ou

ressurgiam num movimento neo.

Usavam no entanto, de formas explícitas

para dar a poesia o escárnio que

lhes pareciam propício.


Nem um possível hino a irresponsabilidade

posto na primeira página da agenda,

era por acidente reconhecido.

Preferiam a vida lá fora,

imprudente, apressada.


Copo de limonada,

luz acesa ao meio-dia, contrapondo-se a

todas as manobras de economia.

A seda que sustentava livros encharcados,

possibilitava ainda uma leitura.


Mas o ruflar das páginas

carregavam capitulos embutidos.

E assim, eu era complacente com os objetos,

abdicava de lirismos e metáforas

para anunciar meu suicídio.

Procurava lugares não habitados na casa,

quadros não percebidos,

sem perceber que estava dentro de um.

Um Objeto Quando EsqueceOnde histórias criam vida. Descubra agora