Lâminas afiadas ao vento,
o peso do ar torna-se num triscar imaginário sangue.
Armaduras de escamas banhadas a ouro,
eis que o corpo se prova alma.
A matéria carnal se dissolve em silfo.
Rosa, manto de espinhos.
Osmose de pontiagudas tentações.
Bufos escondendo gritos,
lágrimas retorcidas em baba, gosma.
Os olhos só vêem sangue,
possuem células e pigmentação de sangue.
Os Olhos empalhados, as palmas das mãos,
Minotauro, égua, mulher.
Possuem a vértebra em espada e espetos.
Assim os olhos que são metais e gotejam sangue,
vêem a eterna imagem de seu matador espanhol...
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Um Objeto Quando Esquece
PoetryMantendo vigente um processo antropológico de criação, a poesia continua sendo um cuspe, uma exclamação. Uma poesia material, visual, detalhista, figurativa, uma poesia de madeira e metal. Poesia que dialoga com o espaço físico, tem forma, objetos e...