O poema e nada mais

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Os pés passavam,

estiveram e permaneciam

por todo sempre, em sua perssistência de

se afastar das coisas.

O corpo como se apenas restasse o seu torso

se mostrava besta,

cego de olhos de pernas, olhos das mãos,

nem os cabelos algo observava, abraço impossivel.

Os olhos viam todas as impossibilidades,

e as possibilidades ainda não computadas,

demarcadas ao grupo de devaneios

encaixotados mais ao fundo.

Os olhos permaneciam

como se oniscientes.

Mas negavam qualquer duro reflexo

impregnados na retina.

Lembravam-me das duras filosofias,

o caminhar pragmático das ultimas alegrias,

era preciso burlar os sentidos,

acreditar na dor, a dor que se desenhava ultra-possível.

Havia ainda um cipreste,

que os olhos observadores-cansativos,

faziam suprir qualquer impossibilidade,

as glândulas e os mecanismos gritavam,

gritavam também os sistemas cálculos e composições.

Nem uma outra alucinação,

confusão ou o engano

eram transpostos sobre estas afirmações,

que os meus olhos acompanhavam,

mórbidos de uma repetida onisciência.

Um Objeto Quando EsqueceOnde histórias criam vida. Descubra agora