Os pés passavam,
estiveram e permaneciam
por todo sempre, em sua perssistência de
se afastar das coisas.
O corpo como se apenas restasse o seu torso
se mostrava besta,
cego de olhos de pernas, olhos das mãos,
nem os cabelos algo observava, abraço impossivel.
Os olhos viam todas as impossibilidades,
e as possibilidades ainda não computadas,
demarcadas ao grupo de devaneios
encaixotados mais ao fundo.
Os olhos permaneciam
como se oniscientes.
Mas negavam qualquer duro reflexo
impregnados na retina.
Lembravam-me das duras filosofias,
o caminhar pragmático das ultimas alegrias,
era preciso burlar os sentidos,
acreditar na dor, a dor que se desenhava ultra-possível.
Havia ainda um cipreste,
que os olhos observadores-cansativos,
faziam suprir qualquer impossibilidade,
as glândulas e os mecanismos gritavam,
gritavam também os sistemas cálculos e composições.
Nem uma outra alucinação,
confusão ou o engano
eram transpostos sobre estas afirmações,
que os meus olhos acompanhavam,
mórbidos de uma repetida onisciência.
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Um Objeto Quando Esquece
PoetryMantendo vigente um processo antropológico de criação, a poesia continua sendo um cuspe, uma exclamação. Uma poesia material, visual, detalhista, figurativa, uma poesia de madeira e metal. Poesia que dialoga com o espaço físico, tem forma, objetos e...