Eu que tenho uma visão duplamente única,
numa tríade que não se completa...
O que vejo e o que os meus olhos conseguem enxergar
são coisas distintas, segredos, outras coisas que nunca as saberei plenamente.
Vejo um desfoque um nada,
a hipótese do que pode ser tudo aquilo
que cerca a visão de um míope.
Pois estas visões vazias quando separadas
são ainda incompletas quando juntas
nem constroem coisa nítida juntamente.
Contemplar esse branco que tudo contorna,
estar a espreita dum mundo tato escondido na clareza que cega...
E aos poucos... bem aos poucos, tudo nuvem,
tudo neve, alvi branco, tudo nada...
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Um Objeto Quando Esquece
PoesíaMantendo vigente um processo antropológico de criação, a poesia continua sendo um cuspe, uma exclamação. Uma poesia material, visual, detalhista, figurativa, uma poesia de madeira e metal. Poesia que dialoga com o espaço físico, tem forma, objetos e...