O Poema das Canáceas

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Um tanto cansado de físicas,

a linguagem de marceneiros,

e cimento em cálculos, trigonometria e

física das veias que pulsam e ardem

na subtração dos dias.

O mundo físico e nada mais,

o mundo-tato,

mundo centímetro e centésimo.

O milímetro entre cada palavra.

A fibra que sede a água,

mar acidental sobre livros,

mas não há o acidente,

há o destino da traça, e a morte na alvenaria.

A composição dos elementos,

e a substância elementar dos móveis,

transpiram um suor de poeira,

enquanto no canto da sala

a subjetividade do abajur

me observa lendo.

Um Objeto Quando EsqueceOnde histórias criam vida. Descubra agora