Um tanto cansado de físicas,
a linguagem de marceneiros,
e cimento em cálculos, trigonometria e
física das veias que pulsam e ardem
na subtração dos dias.
O mundo físico e nada mais,
o mundo-tato,
mundo centímetro e centésimo.
O milímetro entre cada palavra.
A fibra que sede a água,
mar acidental sobre livros,
mas não há o acidente,
há o destino da traça, e a morte na alvenaria.
A composição dos elementos,
e a substância elementar dos móveis,
transpiram um suor de poeira,
enquanto no canto da sala
a subjetividade do abajur
me observa lendo.
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Um Objeto Quando Esquece
PoetryMantendo vigente um processo antropológico de criação, a poesia continua sendo um cuspe, uma exclamação. Uma poesia material, visual, detalhista, figurativa, uma poesia de madeira e metal. Poesia que dialoga com o espaço físico, tem forma, objetos e...