Poema de Incerteza (uma única incerteza)

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Longe e ainda no caminho,

próximo, ainda, somente próximo,

não distante de alcançar,

mas distante ao que o tempo

sempre julga.

O não haver um estar-lá,

um nunca-chegar e ter sempre um passo

continuo sem saber se há,

havendo somente a convicção e a teimosia de ser.

Ser o que chega e distancia-se sempre.

Ainda próximo, próximo, AINDA,

num sempre atrasado passo

de dança, nunca de mágica,

num destino decodificado em CEP.

O há-de-ser estando lá, e a suspeita

de quem é por assim estar,

se há ou se é, ser for o que nunca será,

se há o que já houve ou nunca haverá

e mais a frente houver o que ser.

Os passos de longe continuam...

Somente próximos,

os passos durante os segundos dos anos

e nunca os anos dos segundos,

os bens planejados passos.

E a observação das coisas

quando em passos são atravessadas.

Mas se houver onde se estar,

e ser algo que há,

terá valido antes, e tudo... ante

a minha convicção de ser e caminhar.

Um Objeto Quando EsqueceOnde histórias criam vida. Descubra agora