Foi depois...
A partir do salto, que não houve mais nada.
A água se recolheu do SPLASH
O sangue se dissolveu como nuvem mais ao fundo.
O gelo agarrou-se à espinha,
E a espinha nunca mais ereta e inteira
Não alimentava, não suportava nem permitia nenhum movimento.
E assim a vida furtiva, evaporou-se,
Tornou o banho sintético o teste extremo dos nervos,
Aleijou aos arrepios que não seriam mais sentidos.
Assim, tudo ficou antes, a arquitetura do salto,
O movimento esguio e plástico de uma
explosão contida
No limite do que se quebra ou num racho na cabeça.
Depois do salto, o decreto da impossibilidade de tudo.
Porque tudo não existe mais após o salto,
Tudo ficou antes...
E agora o silêncio e o estático
convivem com o vácuo e o vago
Num receptáculo de tudo que é improvável
E guarda todo o antes,
Porque só o antes existe a partir dali...
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Um Objeto Quando Esquece
PoetryMantendo vigente um processo antropológico de criação, a poesia continua sendo um cuspe, uma exclamação. Uma poesia material, visual, detalhista, figurativa, uma poesia de madeira e metal. Poesia que dialoga com o espaço físico, tem forma, objetos e...